terça-feira, 1 de novembro de 2016

Renova















Esse não é um post de receita, mas de amizade com um objeto e sua restauração. Personagem presente em quase todos os posts desse blog, meu dia não começa sem ela.
As melhores coisas do mundo não são coisas.
Difícil falar isso da minha chaleira.
Água pro café, chimarrão, ou a água quente pra começar qualquer receita.
A antiga enferrujou por dentro, de tanto uso. Dispenso microondas, mas não fico sem minha chaleira, tinha cabo de ferro agate, igual ao corpo, queimava a mão quando a gente esquecia o pano.
Certo dia precisei aposenta-la, comprei a mesma, porém agora o cabo era de madeira.
Fogo forte do fogão industrial queimava o cabo.
Cada novo dia a chama queimava um pouco mais o cabo grosso da chaleira, resistiu por um ano, até esse domingo.
Pegou fogo, o cheiro agradável de lenha queimada, o cheiro de inverno pela casa deu lugar a tristeza pela perda. Tão nova, tão cara, tão boa. O valor vale o investimento. Mas não posso comprar outra, não agora, essa veio de Minas Gerais, Gonçalves, não sei quando volto pra lá.
Acima de tudo, não sou homem de deixar pra trás quem me acompanha.
Num raro momento de testosterona procurei o material correto.
Um cabo de espeto, não deu certo.
Um toco de madeira, não funcionou.
Uma baqueta! Bingo!
Assim minha chaleira ficou mais linda e mais hipster do que nunca, a baqueta andava sozinha, a sua parceira morreu, foi quebrada enquanto batia em pratos no último ensaio da banda, a outra agora é cabo de chaleira. A vida se renova.







sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Acém Fundamento























Hoje conquistei muitos pontos na minha carteirinha particular de dona de casa. Realmente acho a profissão, depois do professor, deva ser muito bem remunerada. Eu quando perguntam minha profissão, respondo fotógrafo, no entanto, tão logo eu conquistar muito mais pontos na minha carteira, responderei, dona de casa e fotógrafo, e blogueira. Blogueira é legal. O despertador tocou 07:38, aprendi com um amigo, coloque o despertador sempre no horário limite, impossível de pedir por mais cinco minutinhos. Levantei, organizei a louça na máquina, ela já não é mais uma louça, é uma criatura com 3 dias de vida, água quente nos pratos, porque a máquina aqui de casa é das fracas, pra quem lava louça bem, tem fazer uma vista grossa ou passar água quente.
Mais água quente, passei um café. Acordei a criança, lhe preparei um leite, peguei a roupa de banho, preparei a mochila, bolachas.
– Pai, não quero mais bolacha.
– Tudo bem.
– Pai eu quero chocolate!
– Em que lugar do mundo se come chocolate essa hora da manhã?
– Ei, eu só pedi um chocolate!
– É páscoa?
– Não...
– Então? Não basta o chocolate do leite?
Dei-lhe um parmesão e encerrei por aí.
Botei na bicicleta, chegamos na natação.
– Dá um beijo no pai!
Ela foi embora. Fui atrás, pedi uma foto. Fiz, desci. Destranquei a bicicleta.
Fui no mercado.
Suco de uva, uma garrafa d'água, óleo, acém.
Um pedaço hipnótico, embalado em filme deitado sobre isopor preto, detesto isopor, mas o pedaço de acém de R$13,00 transcêndia todo plástico e matéria.
Voltei pra casa, lembrei, olhei para as batatas doces na geladeira, na noite anterior tinha lavado meus cabelos, não poderia fritar batatas, aproveitei um resto de estrogonofe e fiz um macarrão, renovei o molho tradicional dos anos 80 com uma sobra de porco acebolado e uns pedacinhos de bacon, porque afinal se ficasse ruim, teria bacon, mas isso é outra história.
Deu tudo certo.
Ainda haviam batatas na geladeira.
– Não posso buscar a criança hoje.
– Tranquilo, já estou saindo pra busca-la.
Peguei a criança, vestiário feminino, pais, mães e meninas, vesti a criança, conversei com uma mãe. Falamos da vida dura que é ser dona de casa, trabalhar e ser independente.
– Te entendo amiga!
Voltei pra casa.
Ordenei a criança que tomasse banho, lavasse o cabelo e essas coisas que faz toda mulher com cloro no cabelo.
Enquanto isso, modo de preparo:
Peguei o acém, panela de pressão, coloquei um volume de água sem ultrapassar a peça de carne.
Deixei cerca de 25 minutos na pressão.
Desliguei a panela.
A garota senta a mesa, pega um jogo de tabuleiro e me convida.
Aceito.
Jogamos.
Óleo na panela, recolho todas batatas, doces e salgadas, segundo Alice, da geladeira e ponho pra fritar.
Ligo o forno, a medida que frito, escorro e absorvo (em papel absorvente), por fim, deixo as batatas no forno com sal, alecrim e tomilho.
– Pai! Sua vez.
Nesse momento a criança joga, com uma garrafa de água com a imagem de Elza, rainha do gelo, joga ela, eu jogo e a mãe penteia seu cabelo.
Jogo o dado, cinco, ando cinco casas, fique duas rodadas sem jogar.
Sem problemas, preciso terminar o almoço.
Abri a panela de pressão, joguei o sal, um punhado.
Liguei a panela agora sem a tampa e deixei a água, que agora é um caldo de carne, secar na panela.
Cebolinha picadinha e terminei.
São 11:11, aberto o portal do amor.
A guria, não quis o acém. Quis as asinhas de frango que estavam na geladeira, jantar de quarta.
Deixo a mesa às 11:58. Lavo a louça desde então.
Vim pra cá e fiz esse post, sobre uma carne de panela de uma verdadeira dona de casa, meu delicioso Acém Fundamento, cujos ingredientes são: acém, água, pressão, sal e cebolinha a gosto!
Beijo pra todas!





















quarta-feira, 27 de julho de 2016

Parafurros















Tudo frito é melhor.
Exceto nós mesmos. A dor deve ser insuportável.
Frito é bom.
Frango é bom. Frito é melhor.
Batata é um coringa na cozinha. Frita é felicidade extrema.
Macarrão é bom! Frito, é a prova de que Deus existe, isso, e o Netflix.
Assim nasceram os Parafurros.
Estava eu, sozinho em casa, com frio, havia sobrado macarrão.
Fritei!
Eu quando preparo a massa não misturo os molhos.
Numa panela a pasta, na outra o molho. Simples, tu tem total controle sobre o molho e quando sobra, estas ficam melhor de guardar.
Não uso azeite, nem sal na água do macarrão, cozinho no tempo do al dente, duro, escorro, salgo e coloco manteiga.
Nesse dia frio, que me referi nas linhas acima, senti saudades do doce, quente e grosso churros do Woltmann do calçadão de Santa Maria.
Usei essa linguagem quase pornográfica para descrever o churros porque sim ele é libidinoso.
Esse churros deixa marcas.
Então, quando olhei para o macarrão, não pensei duas vezes, alías nem pensei, joguei o óleo na panela para lubrificar, digo, fritar, pelo menos uns dois dedos, joguei um fósforo dentro, ele acendeu, apagou, peguei uma escumadeira, retirei o palito, coloquei os macarrões. A fervura levantou, baixou rapidamente, forrei um prato com papel toalha, peguei novamente a escumadeira, retirei os macarrões fritos, coloquei outros, sem dó, nem piedade. Os que ali estavam, escorrendo sua gordura no papel toalha acrescentei açúcar e canela. Retirei os outros, dourados como o sol, cada macarrão um parafuso de ouro, um mais lindo que o outro.
Ao fim, já na última fritada joguei todo açúcar e canela que me sobraram num pequeno e alvo pote, polvilhei.
Polvilhei lentamente deixando-os levemente cobertos com um orvalho adocicado, bem mais iluminados, ó parafusos dourados.
Não contente, abri a geladeira, retirei um pote de doce-de-leite e imergi, um por um cada macarrão parafuso dourado da travessa em um pastoso deleite.
Tudo isso para que?
Para matar a saudade do quente, grosso e doce churros do Woltmann!

Para que?
Parafurros!

Ingredientes:
• Macarrão cozido
• Óleo para fritar (meia garrafa)
• Açúcar e canela (duas parte de açúcar, uma de canela)
• Doce-de-leite

Modo de Preparo:
A Culinária Tosca oferece, uma culinária em gif, abaixo um passo a passo de fácil compreensão. O último gif apresentado são fotos de minha grande amiga e companheira de trabalho e lutas, Gessy Tereza. Todos esses gifs estão reunidos num filme singelo e deveras didático, com trilha sonora própria composta por Ricardo Toscani, num projeto pré Los Freelas de una Pauta, sua banda atual. Essa música foi gentilmente cedida para a nossa sempre parceira Vergonha Alheia Própria Produções que nos cedeu por sua vez mais uma grande obra prima de curta e limitada metragem cinematográfica.




   

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Da horta mano

























Tem um tempo que eu decidi ter uma hortinha simples de temperos na minha casa. Tenho problemas com plantas, esqueço que elas precisam de água pra viver, penso, como elas produzem seu próprio alimento com a luz, fazem o mesmo com a hidratação.
Não, não funciona assim, elas precisam que alguém de boa vontade lhes sirva o líquido precioso, tal como eu que necessito de um garçom e é a primeira amizade que faço numa festa de casamento, formatura e afins.
Voltemos as hortas caseiras.
Nesse post não ensino a cozinhar, afinal acho que não ensino em nenhum outro, mas tenho a pretensão. 
Uma vez uma menina fez um comentário aqui no blog sobre como usar tomilho, minha resposta sincera foi, pera aí que vou dar um google, ler uns livros e já te respondo. 
Eu li, pesquisei e encontrei muitas possibilidades, mas meu uso preferido deste é no frango. Depois foi a vez da sálvia que está no post anterior como estrela num macarrão com manteiga, hortelã que numa jarra com água, canela em pau e limão siciliano vira um delicioso refresco. Manjericão para pesto e porque não para peixes?
Afinal os temperos nos ajudam a inventar e modificar os sabores. Não existe regras pra usar. Cada um faz o melhor pra agradar o paladar. Não é atoa que o Cris, do ovo, o Colombo, atravessou o mundo atrás de especíarias e me pergunto, o que ele não faria para encontrar essas ervas frescas?
Então a dica do blog é:
Faça uma pequena horta no seu apartamento, eu já estou na quarta pelo que me lembro.
Quarta? Mas vale a pena?
Vale e muito, às vezes um maço pequeno no mercado custa em média uns R$ 3,00 e o uso se restringe a semana, os vasinhos te tempero pelas feiras aqui de Pinheiros custam R$ 8,00 e se tu prestar bem atenção, onde mais bate sol na casa, quais plantas são mais sensíveis a luz, regar duas vezes ao dia, podem durar um mês ou até mais se tu não for um completo desastre como esse que vos escreve.
Além do mais, essa dica já foi dada por aqui, tira um dos galhinhos do manjericão, antes de destina-lo ao pesto e põe num copinho com água, em poucos dias pequenas raízes aparecerão e o mesmo já se encontra pronto pra ser replantado. 
Faço essa do copo com cebolinha, ela pode ficar uma semana na água, daí corta tudo e planta só a parte branca.
Nesse momento faço o teste com a hortelã.
Se vai dar certo?
Só o tempo dirá!




quinta-feira, 30 de junho de 2016

Presunto crocante






















Num dos dias felizes da minha vida eu ganhei uma perna de presunto.
Foi tanto presunto num lugar só que o Natal e Ano Novo foram tranquilos.
O presunto aguentou janeiro e enfrentou até o carnaval.
Foi comido cru, em sanduíche, temperou lentilha. Onde tinha necessidade de um sabor a mais, o presunto era convidado, e de honra.
Como fotógrafo social me deparei algumas vezes com a iguaria onipresente no rolê do finger food.
Comi, amei, mas nunca tive o suficiente pra gastar em presunto caro, por isso só comia em eventos que trabalhei e ainda trabalho.
A primeira vez foi num pomposo campeonato de polo na fazenda Fasano. Obrigado pela oportunidade.
Pouco antes do fim de sua vida, quase próximo da morte, me refiro ao presunto, eu tive vontade de come-lo crocante.
Dei buscas nos sites, afinal como todos sabem minha formação gastronômica foi na Cordon Google e só achei receitas em microondas.
Repudio esse eletrodoméstico.
Tudo que passa por ele, até mesmo a água fica com gosto ruim.
Só é útil para esquentar leite, no entanto, como não bebo leite não vejo utilidade.
Pipoca? Na pipoqueira, no fogão, no melhor estilo vintage.
Então, sem microondas decidi usar duas coisas que tenho em meu poder, o forno e o fogão.
Funcionou em ambos. Na chapa, ou numa frigideira tu vê o que tá acontecendo e em menos de 10 minutos teu presunto já está bem crocante.
No forno, também, mas o indicativo é o olfato, assim que sua cozinha cheirar a presunto e óleo queimado, tá pronto, mas claro que se pensar também entre cinco e dez minutos no forno pode resolver, caso você esteja com o nariz entupido é mais eficaz ir pelo tempo.
O presunto depois de assado ou frito na chapa fica mais salgado. O que é muito bom para temperar a comida, isto é, complementar o sal de sua receita.
Ele esfarelado numa sopa de abóbora cabotiá, fica divino.
Aqui em casa fiz um macarrão com sálvia na manteiga e por fim coloquei o presunto.

O modo de preparo para o presunto é simples.
Não precisa nem gordura, corte fino, coloque em sua chapa ou frigideira e vá virando no tempo de até 10 minutos.
No forno, mesma regra, apenas vai mudar o suporte.
Para o macarrão os ingredientes são.

• Sálvia (um maço grande, ou no mínimo umas 20 folhinhas)
• Alho (sete dentes ou meia cabeça)
• Manteiga
• Azeite

Modo de preparo da sálvia.

Enquanto o teu macarrão cozinha numa panela, corte o alho em lascas finas, numa frigideira coloque a manteiga, pode ser uma colher de sopa, mas se eu puder te dar um conselho, lembre que manteiga nunca é demais, então ponha pelo menos duas colheres. Daí coloque também o azeite, a manteiga dá uma clarificada por conta desse encontro com o azeite (rola uma espuma bem bonita, bonita, como tudo que vem da manteiga), joga as sálvias ali e também o alho, vai virando para que a manteiga e o azeite envernizem as folhas por igual e dourem as lascas de alho. Esse processo não passa de cinco minutos.
Daí escorre o macarrão, vira a frigideira com a sálvia, alho, manteiga e azeite, esfarela uns presuntos e tá pronto o prato. Eu não coloquei sal, o presunto é bem salgado. Mas pra essa receita ficar bem profissional, vamos terminar com a frase clássica.
Pimenta e sal à gosto!
Abaixo nosso passo a passo em GIF's didáticos que podem até ser chamados de GIFT's, e mais abaixo o filme da nossa sempre parceira Vergonha Alheia Própria Produções pra ficar ainda mais didático.



















segunda-feira, 20 de junho de 2016

As pazes com o milho
























Minha vida anda muito boa.
Faz tempo que já escrevi por aqui e talvez vocês já tenham me visto no programa cozinha prática de Rita Lobo. Desde dezembro de 2013 faço parte da Panelinha, claro, apenas como colaborador, free lancer, cavaleiro errante, sou apenas um dos fotógrafos. 
O legal de fazer parte desse grupo é voltar pra casa cheio de ideias, inspirações, segurança para cozinhar e ás vezes até com marmitas. 
Receitas que funcionam, é o que diz no site. É um slogam? Muito mais que isso, é um mantra. Trabalhar no Panelinha é estar cara a cara com as receitas que funcionam.


Na minha estreia como fotografo do programa, lá na terceira temporada, esse foi o prato.
Panquecas de milho. O milho era o protagonista.
Um especial do milho, logo pra mim, um cara que tem muitos preconceitos com milho.
Tinha, Alice nasceu, me ensinou toda uma nova relação com a vida e com o milho.
Durante a infância e adolescência o que eu não gostava no cereal é esse incrível poder de regeneração, uma vez mastigado, trucidado pelas papílas gustavivas, aniquilado pelos sucos gástricos, intestino delgado, grosso, reto, uma boa evacuação, vai dar desgarga, olha, tá lá ele, grudado, fixo no produto da evacuação, inteiro, completo, como se nada tivesse acontecido durante todo esse caminho.
Isso me deixava perturbadíssimo. Do que é composto o milho?
Passou. Cresci e amadureci com o nascimento da minha filha, nos conceitos de milho e fezes, medo e coragem.
Volto para o meu programa de estreia.
Rita fez milho na chapa, um bolo de caneca, que não despertou muito meu interesse e panquecas de milho, essas, amei na primeira vez, sem provar, só no olhar.
Tão vistosa e tão rápida. Tão últil. Essa panqueca, salva seu dia. 
No café da manhã pode fazer sem o milho e comer com melado de cana ou mel, ou uma geleia que podes encomendar comigo.
Para o almoço, basta colocar um franguinho no forno pra assar e fazer essa maravilha, numa chapa ou na sua frigideira de confiança.
Mas pera aí!
Tu vai na cara dura colocar, digo, copiar a receita do Panelinha e postar aqui? 
Como se fosse sua? 
Por que não põe o link do Panelinha aqui?
Respondo. Mudei pequenas coisinhas, no entanto, a menor alteração transforma em outra receita. 
Vou colocar o link do Panelinha, tem até foto minha. 
Vamos para as mudanças e suas pequenas diferenças.
A primeira pequena diferença está no milho cozido, depois feito na chapa e a adição de 1/4 de leite de coco. 
Aqui em casa estamos pegando na feira coco ralado e fazendo leite de coco, a sobra rende uma farinha, uso para fazer cookies, próxima receita aqui do blog.


Voltamos ao foco, panqueca de milho, receita do Panelinha.

• 1 lata de milho verde 
• 1 ovo 
• 1/2 xícara (chá) de leite 
• 1 colher (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
• 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo 
• 1/2 colher (sopa) de fermento em pó 
• 2 talos de cebolinha picados
• sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
• manteiga para untar a frigideira

Receita Culinária Tosca. Ingredientes:
• 1 espiga e meia de milho verde cozido
• 1 ovo
• 1/4 xícara (chá) de leite 
• 1/4 xícara (chá) de leite de coco
• 1 colher (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
• 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo 
• 1/2 colher (sopa) de fermento em pó 
• 2 talos de cebolinha picados
• 1 colher de sopa de sal 
• pimenta-do-reino moída na hora a gosto
• manteiga para untar a frigideira
Não é milho em lata, é uma alternativa, um destino pra aquele milho que sobrou na geladeira.
De fácil preparo.

Primeiro coloquei o ovo, os leites, farinha e misturei tudo com um fuê. Depois de tudo ficar homogêneo acrescentei o milho, cebolinha e meia colher de sopa de fermento, pode ser a bunda da colher.
Quinze minutos de geladeira foram suficientes pra massa endurecer um pouquinho, uma concha na chapa já untada, ou frigideira e um minuto de um lado, vira com a espátula, um minuto do outro já fica firme, em 5 minutos virando na frigideira cozinha por dentro.
Tá pronto!
Assista agora mais um curta metragem, ou GIF, da nossa parceira Vergonha Alheia Própria produções.







domingo, 12 de junho de 2016

Um café pra quem se ama e ama alguém também























Que seria da minha vida sem essa menina?
A história conto sempre, tem lugares que podemos encontra-la completa.
Porém resumindo muito, essa pessoa que convivo pelo menos há 15 "dozes de junhos" foi quem me abriu muitos os olhos para vida.
Aprendi a cozinhar por ela, pra ela, ela é do tipo marido que tu pega pelo estômago. Ela sempre a formiga, fora de casa e trabalhando bastante, um dia, sozinho em casa e sem trabalho pensei, além de muito amor o que eu devo pra ela é comida quentinha, feita na hora, saindo fumacinha.

A cozinha se abriu pra mim.

Hoje é dia dos namorados e eu trago um pouco de volta à vida um antigo relacionamento, cozinho por que amo e para quem amo. Assim nasceu esse blog, que tem sido tão mal alimentado coitado, culpa minha eu sei, a vida dá umas voltas que nos separam, mas amores e bons amigos podem ficar sem se ver muito tempo, o que só tempera o reencontro.
Na lista dos amores tenho muitos e cada um deles veio com ela, principalmente Alice.
Nossas cozinhas, e já estamos na terceira, sempre recebem muitos amigos, aqui é um espaço de amor, entendimento e mistura de sabores. Um lugar de sal e açúcar, de fogo e de água.
Nesses 15 anos as brigas foram muitas, mas as piores delas também foram encerradas sentados na mesa, aquecidos pelo fogão, ou pela água do café.
Um café passado, sem açúcar, amargo e saboroso, como é o amor.

Amar é acordar todo dia e querer fazer um café delicioso pra quem se ama.

Queijo derretido, manteiga no pão, presunto fino e novinho, um ovo de gema mole, tem a pequena que gosta dele cozido, pra comer de colherinha, na frente da TV como já fiz um dia, ou todos os dias da minha infância.

Hoje é dia dos namorados e Alice saiu, a gente acordou tarde, e depois de muita preguiça, lá pelas 13 horas, num clássico depois do almoço de uma casa de família, a gente decidiu preparar um bom café da manhã.

Um café pra quem se ama e ama alguém também!

O retorno da Culinária Tosca é discreto, é singelo, é café da manhã, sem hora pra começar nem acabar.

Uma boa receita.

Café passado:
• Coador
• Filtro
• Seu pó predileto

Modo de preparo:

Aqueça a água, coloque 3 colheres de sopa de pó no filtro de papel. Encha o filtro por 3 vezes, uma derrubada de água para cada colher de sopa de pó de café, quatro se quiser mais fraco. Tomo sem açúcar, prefiro mais fraco.

Sanduíche de bom dia:

• Duas fatias de Nagoya, pão fatiado para lanche, ou de forma. 
• Dois ovos.
• Três fatias do queijo de sua preferência, para cada fatia de pão, usei o prato.
• Uma fatia de presunto gordo, também uma por pão.
• Manteiga
• Requeijão

Modo de preparo.

Siga o gif, digo, curta metragem...Mas uma produção, Vergonha Alheia Própria Produções.