sexta-feira, 25 de junho de 2010

BLACK OR WHITE!






















Hoje eu e mais um número correspondente a zilhões de veículos de mídia farão uma homenagem ao garoto negro, que ficou branco e hoje um ano depois, é cinza.
Sim tudo começou no dia 25 de junho do ano passado quando minha mulher se encaminhava para o fim de nossa gravidez e pensava o que de extraordinário aconteceria no ano do nascimento de Alice?
O que marcaria no álbum do bebê como acontecimento do ano?
Quem o anjo da morte rondava? Hebe, Silvio Santos, não, Deus não seria assim tão previsível, Pedro Bial...Não, Deus não seria assim tão genreroso.
Pois é todos sabemos que Deus não fez caligrafia suficiente e por isso escreve torto.
De repente ele pede para o corvo entrar em Neverland, falar com Michael e na calada da noite dizer:
– Never more...
Há quem acredite que o confuso garoto, que tinha um rato chamado Ben como melhor amigo, e era o pilar principal dos Jackson's e por isso o que mais apanhava, agora está em algum lugar, sossegado, contanto o dinheiro da turnê This Is It, dos discos que voltaram a vender e esperando um filme sobre sua vida que renderá muitos outros milhões e terá no papel principal Helena Bonhan Carter usando a mesma maquiagem do filme Planeta dos Macacos de Tim Burton.
Mas deixando de lado as teorias, vamos encarar os fatos, o cara morreu.
Virou história, marcou na linha do tempo da música e mexeu com muita gente, como o Macaulay Culkin e nos seus muitos sobrinhos de final de semana...
Enfim, como não homenagear esse homem que tocou fundo em você?
Tocou nada!! Senão você poderia ter ficado bem rico e processando o Peter Pan bicolor.

No entanto o Culinária Tosca não fica atrás, muito menos na frente - mantém a distância correta - e presta uma homenagem muito especial ao maior astro do pop com uma receita maravilhosa de brigadeiro, conhecido nos pampas como negrinho e a sua versão sem chocolate, o branquinho.
Aqui apresento a versão básica dos doces, mas acrescento o ingrediente preferido de Michael, o Garoto, branco e negro, falo aqui do chocolate.

Vamos aos ingredientes:

Negrinho:

• 1 lata de leite condensado.
• 3 a 4 colheres de sopa de chocolate em pó.
• 1 colher de sopa de manteiga

Branquinho

• 1 lata de leite condensado.
• 1/2 gema de ovo.
• 1 colher de sopa de manteiga

Agora assita o vídeo modo de preaparo oferecido pela Vergonha Alheia Própria Produções, um vídeo tão espetácular quanto a carreira musical da Latoya Jackson.



 Assim como Jacko nosso doce apresenta dualidade, não sabemos se é negro por dentro e branco por fora, ou negro na essência e branco por capricho.















Michael, mas tu mesmo já nos disse um dia...
"It don't matter if you're black or white"

sábado, 19 de junho de 2010

FIGURINHAS DA COPA!


















Vamos continuar falando de copa, até porque falo dela desde 2006, pois a África nunca ficou tão perto graças ao filósofo Vanucci.
Sou um apaixonado por futebol, torço muito pelo Sport Club Internacional, mas é na copa do mundo que me divirto. Escolho além do Brasil, outras equipes que me emocionam, até porque faz tempo que as equipes da CBF não me agradam, mas sou brasileiro, não desisto nunca. Minha relação com a copa, começa em 1986, ano que frequento a primeira série. Nesta época morava numa cidadezinha de colonização italiana, chamada Dona Francisca, a cidade toda torcia para seleção brasileira, mas se a canarinho caíssse, tinha a azurra como opção da maioria e a Alemanha, para outros. Mas isso só em copa do mundo, no intervalo de quatro anos brasileiros eram só os que moravam na COHAB ou no morro...os nigri, como diziam os senhores mais antigos e jurássicos da pacata e preconceituosa Dona Chica. Lá nessa cidade vivi minha primeira decepção na verdade duas, depois de gastar toda mesada em chicletes ping-pong, quase deslocar o maxilar, sem ainda nem saber o que era maxilar, passar horas na cadeira do dentista e ter como resultado um álbum incompleto de figurinhas, que cheiravam a hortelã e tutti fruti,  o mais curel é que não pude mais ver as vinhetas do Araquem o gooool man, atropeladas pela França numa decisão por pênaltis. Minha refeição de copa foi um típico churrasco gaúcho na cidade de Faxinal do Soturno, também de colonização italiana, voltamos todos tristes para casa, meu pai e minha mãe, muito desapontados e meu irmão que estava de aniversário neste dia, sofre um trauma menor pois ganha um presente quando entramos em casa.
Chega 1990, e agora mais outras duas decepções, a Elma Chips lança um álbum de figurinhas, um mapa mundi de plástico com graciosos personagens de cada país em figuras autocolantes, como se as figuras saísem do pacote e corressem para o álbum e automaticamente colassem sozinhas. Esse álbum tinha a misteriosa figura da Itália, sede da copa, com um simpático casalsinho dançando tarantella que dava direito a um mini-buggy, aliás qualquer coisa nos anos 80 e 90 davam mini-buggys, exceto para mim e para todos meus amigos, pois todos quase completamos o álbum, só faltava a Itália. As figurinhas vinham em embalagens prata, que descobrimos que era só esfregar na calça jeans que saia a tinta prata e a gente descobria qual era a figura sem tirar do pacote, como se desse pra devolve-las. Depois de muito estragar o estômago e passar um mês fedendo a Cheetos, que tem cheiro de peido, será por isso que se chama Cheetos?
Caímos numa oitava de final para Argentina.
Agora me restavam duas equipes, Romênia e Camarões, que foram caindo no meio da copa.
Também bebi muitas pepsi's para conseguir completar a coleção de copos com a equipe de Lazaronni que serviu meu leite com nescau até a copa seguinte. Essa termina com a Alemanhã campeã. Lembro também de muita pipoca, pinhão, e o que não gostaria de lembrar, pinhão com gemada...
O ano agora é 94, começo a tomar cerveja e com isso entender mais de futebol, começo a fumar também, o interesse pela gurias aumenta muito, mas o delas é inversamente proporcinal. Passo a ter uma vida social, colegas chamando para ver o jogo na casa deles, festinhas como meninas, mas elas não dão muita bola, a coleção que faço nessa copa é de gurias que me desprezam. O Brasil é campeão, assito a final em Porto Alegre, foi sem graça, por pênaltis.
Em 1998 as gurias continuam me dando fora, menos um pouco, parei de fumar, 4 meses antes da copa, voltei no primeiro jogo. Nesse ano já convivia com uns grandes amigos que conheci em 1995, e são umas das figuras mais legais da minha vida. E a copa foi assim, fumando, tomando cerveja, jogando super-nintendo, fumando, comendo amendoin, salgadinhos Elma Chips, churrascos. Semi-final, holanda, pênaltis, e festa na avenida Presidente Vargas, endereço das comemorações santamarienses. E todo mundo feliz com suas cervejas e cigarros dizendo já ganhou. França campeã. De novo a França.
No ano de 2002, copa no Japão e na Coréia, nada supera o fato de poder beber as 8:00 da manhã. Nessa copa já tinha uma namorada, ela estava em São Paulo, trabalhando, eu no meu último ano de faculdade. Minha turma inventou as sextas-gordas, dia da semana que escolhiamos um tubérculo, ou raiz ou massa, fritávamos e comiámos até explodir. A final foi em grande estilo, numa cidade de colonização alemã, Agudo, assistimos o jogo Brasil e Alemanha, era inverno e eu prometi que me atiraria na pisicina se o Brasil fosse campeão, chovia, era de manhã, frio e eu já achava muito boa idéia a Alemanha ser campeã. Depois de muitos pastéis, risólis e outras frituras chega a hora de gritar é campeão e pular na pisicina. Foi bom, sem gripe, pude tomar mais uns tragos e me esquentar de novo.
Em 2006, moro em São Paulo, grandes amigos criam um brinquedo revolucionário, o bobueno, com o intuito de aliviar todas tensões da copa. É o ano do quadrado mágico, mas como toda mágica é ilusão, deu França de novo, mas ela perde na final para Itália do Zambrota.
Amendoin japonês, salgadinhos torcida e a África é logo ali, são as coisas que mais me lembro da copa disputada na Alemanha.
Agora o ano é 2010, tenho uma filha, continuo com a mesma mulher da copa de 2002, temos uma cachorra que está com a gente desde 2001, e um blog de culinária, e não tenho medo de usa-lo (frase de um dos criadores do brinquedo revolucionário, e conselheiro do blog).
Então é com esse poder que tenho, chamado Culinária Tosca, que apresento um quitute extraordinário, que me deixará livre dos salgadinhos Elma Chips e Torcida para sempre. Um produto canarinho, um produto de raíz, a mandioca. Mandioca essa que deveria estar na boca e no brioco de Galvão Bueno e na ponta de cada vuvuzela, silenciando os dois barulhos mais insuportáveis dessa copa.

Vamos aos Ingredientes:

• mandiocas, cruas e bem lavadas.
• um bom ralador, ou uma faca bem afiada.
• óleo para fritar.
• sal a gosto.

Assista ao vídeo modo de preaparo, da vergonha alheia própria produções, um vídeo que ensima muito mais do que cozinhar, ensina a aceitar o seu verdadeiro eu, por isso para de se enganar e sai do armário Gianecchini.

















A sugestão de consumo das mandiocas-chips é um bom bife de contra-filé cortado em tiras.















Prato que deu errado:

Batatas ao forno.

Ainda tenho que descobrir a maior falha, mas não é só ralar a batata e colocar no forno, é mais complexo. Não ficou ruim, mas não ficou como eu esperava, como eu queria.
Mas sigo tentando, até encontar a solução.