sábado, 14 de abril de 2012

Post Urgente de Última Hora, Culinária Tosca serviço!























Tradição é tradição.
A peixaria Nossa Senhora de Fátima está no mercado desde de 1963, literalmente no mercado, mais precisamente no Mercado Público de Pinheiros, box 68, Rua Pedro Cristi, 89.
Tratando os peixes e os clientes com muito carinho, bem mais os peixes que os clientes.
Mas eu dispenso o carinho e o bom tratamento.
Cuidem do meu peixe, o resto é frescura. Aliás para mim frescura, só a do peixe.
Depois de perguntarem como eu ia fazer, se eu mesmo ia limpar, respondi que queria que eles fizessem todo serviço e iria assa-la. Pedi então para que espalmassem a peça para eu fazer no forno, tirassem o rabo e a cabeça para eu acomodar melhor a anchova na assadeira.
Fizeram tudo com maestria, depois colocaram num saco bem resistente, daqueles que não vazam caldo de peixe na sua eco-bag fashionista. A moça que embalou, limpou a boca do saco, colocou numa máquina de vácuo, e colocou tudo numa linda sacola de papel, bem mais fashionista que minha eco-bag e sem nenhum sorriso no rosto entregou o peixe que servirei amanhã.
Obrigado Nossa Senhora de Fátima.
Cheguei em casa feliz e pensando numa das mais verdadeiras leis da física...
Quem sabe, sabe.


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sopabóbora!!











A abóbora sofre preconceitos.
Na minha infância muito fui chamado pela minha mãe, tias e demais parentes de abobrão. No Rio Grande do Sul, o abobrão não é nada mais, nada menos que um pateta, um mongolóide, um retardado.
Hoje em dia o melhor sinônimo para os adjetivos citados acima é Bruno de Luca.
Talvez por isso eu sempre tive um pé atrás com a abóbora e com o Bruno de Luca.
Demorei pra come-la, agora só falo da abóbora. Lá em casa tinha toda quinta, era caramelizada, meu pai comia com carne, arroz, feijão, e depois arrematava as que sobravam num prato fundo cheio de leite. Ele e meu irmão, cada um numa ponta da cabeceira (acho que isso é um pleonasmo), comiam com tanto gosto que foi minha primeira tentativa de amizade com a abóbora.
Brigamos novamente na primeira colherada. Cheguei a pensar que meu pai e meu irmão não gostavam daquilo e estavam comendo só para me sacanear.
Mas meu querido irmão ao contrário de mim, gostava muito, não estava me sacaneando, tanto que ganhava das tias vidros cheios do doce de abóbora em calda, diferente de mim que só continuava ganhando o apelido de abobrão...
O doce foi minha segunda tentativa, e essa foi mais feliz e por muito, muito tempo, era só o que eu podia esperar da abóbora.
Outro grande desafio gastrônimo para mim foi tentar me convencer de que a sopa não é apenas uma comida de doente. Tenho muito preconceito com sopas. Vem alguém falar com entusiamo, vou jantar sopa, vou almoçar sopa, para mim é doente.
No entanto minha agridoce e amada mulher ama sopa quase tanto quanto me ama.
Certa vez fui viajar a trabalho para Volta Redonda (a cidade pleonasmo, segundo minha amada) e na volta, tentando surpreende-la nos braços de um gogo boy, pois era noite da reunão só de meninas e me deparo com um prato feito pela minha cunhada Jeanine, que por sua vez aprendeu com a outra cunhada, Cristiane a tal sopa de abóbora!
Vendo sopa e abóbora na mesma panela imagino que o gogo boy me chocaria menos...
Como já sou moço feito, pai de familia, tenho que encarar de frente meus medos, preconceitos e o dollynho.
Provei a sopa, munido de um bom e delicioso pedaço de pão com manteiga, e me rendi, sim abóbora é boa e sopa também é alimento de pessoas saudáveis, sim o pão continua sendo a melhor parte de qualquer sopa, a menos que seja uma sopa de queijo com bacon, daí o pão é coadjuvante...
Por isso agora que me dei por vencido, convencido e fiz as pazes tanto com a sopa quanto com a abóbora, aqui vai a receita.

Ingredientes.
• 1 e 1/2 abóbora do tipo cabotiá.
• 3 caldos em tablete de sua preferência, (usei o de galinha caipira)
• 1 colher de sopa de sal (ou a gosto como de costume)

Agora vamos ao modo-de-preparo.
No incrível vídeo gravado pela sempre parceira, Vergonha Alheia Própria Produções. Estou num nível bem Bruno de Luca nesse filme, isto é, tentando ser sério, competente, carismástico mas com total inaptidão para tal.
De luca, essa é pra ti! Ao mestre com carinho.
Bom filme a todos.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Save the Whales and Save de Date!






















ANCHOVA MINIMALISTA.
PRÓXIMO TOSCOZINHA
domingo, dia 15 de abril, 15 horas. No Cafofo.

Cardápio.

• Anchova minimalista
• Arroz com leite de coco.
• Molho de limão.
• Salada verde.
• Sobremesa, brigadeiro em negativo.

8 vagas, R$ 45,00 por pessoa.

Sem mais informações porque sou minimalista.