segunda-feira, 29 de abril de 2013

Gurizada Buena do Peixe Empanado























Gurizada buena!
Sempre falo isso quando vou gravar um vídeo, é a minha claquete, minha cabeça, a marca da Culinária Tosca.
Dessa vez reamente estou com uma gurizada muito buena!
Esse história começa há uns dois posts atrás, o peixe frito que fiz para acompanhar a limonada da Gessy. Depois eu reencontro esse peixe-frito na sexta-feira santa, sou católico no estômago. Sempre comi peixe nesse feriado cristão, meu pai sempre assava um belo peixe e fazia o seu arroz de bacalhau, um dia posto aqui. Nesse dia seguindo uma tradição familiar, saí com Alice, fomos ao mercado público e compramos nosso alimento do dia.
Em casa começamos o belo e limpo processo de empanar os peixes.
Três tipos farinha, como se faz em Bogotá, ovo, uns 3 deles, batidos.
Coloco as gemas e claras numa tigela funda, uma cunbuca. Em outros 3 pratos, farinha de trigo, rosca e a de milho, com floco grande. Alice vê a cena.
O pai pega um filé, coloca na farinha de trigo, depois no ovo, farinha de rosca, ovo de novo e farinha de milho. A filha olha atenta e pergunta...
– Posso te ajudar?
– Pode! A mão tá lavada?
A guria, sai da cozinha pega o banquinho que faz ela alcançar a pia, lava as mãos e chega pronta.
Para Alice é muito bom cozinhar, mas o melhor é se sujar, e uma receita onde tu consegue fazer isso ao mesmo tempo, é o paraíso. Ela empana peixes com maestria, domina a arte. Uma prodígio.
Nesse fim de semana prolongado participamos de um projeto da escola da Alice, tinhamos que escrever, colocar fotos, desenhos, contar um pouco da nossa rotina. Um diário de bordo. Fizemos isso, e foi assim que a escola conheceu o peixe empanado do Tata e agora da Alice e pediram pra eu ir lá, cozinhar um pouquinho para eles, melhor, com eles. Já que Alice e seus coleguinhas amam cozinhar.
Claro, procurando criar pessoas melhores e mais saudáveis a escola pediu para eu não fritar os peixes, mas sim, assa-los. E foi o que fizemos. Devo confessar que tive medo do resultado, pois tudo que é frito é melhor, mas a experiência foi divina, e o resultado também.
Foi um dia espetácular, começamos com a feira. Encontrei todos pequenos lá. Nesse dia especial não tinha peixeiro, descobrimos que eles folgam depois da semana santa. Compramos então, limões e ovos. Depois fomos pro mercado, dessa vez encontramos o peixe e as farinhas.
Fui pra escola, a galerinha almoçou. Por volta de umas 15 horas me ligam da escola pedindo que eu vá cozinhar. Eu vou. O lanchinho da tarde vai ser o peixinho assado!
Chegando lá, muita alegria por parte das crianças, Alice está muito feliz e orgulhosa, mas o mais legal é sentir uma energia que se renova em poucos segundos, todo teu mau-humor vai embora. Criança é mágica! A alegria deles chega na gente por wi-fi, rapidamente já estamos sorrindo e nos sentindo muito leves.
Esse ano a escola da Alice completa 25 anos, há dois que ela tá lá, e é a segunda vez que cozinho pra eles. O mais legal nisso tudo é que a escola da Alice faz eu ficar bem mais unido com minha filha, além de me dar o barato mais legal que já curti na vida, que é busca-la no fim da tarde, eu tenho a opurtunidade de conviver com seu amiguinhos.
Aqui mais um vídeo da Vergonha Alheia Própria Produções em parceria com a Orgulho Total e Intrasponível Filmes, o terceiro episódio do Culinária Cota.
Assista e aprenda com elas! Bom filme!