segunda-feira, 25 de maio de 2009

ACORDA VIVENTE!












Difícil na vida para mim é acordar. Sempre foi, se preguiça fosse virtude, eu seria o cara mais virtuoso do mundo. Mas a bem da verdade sou um pecador, peco por gula a menos tempo, luxuria desde os onze, não, não sou tão precoce, é que já assaltava a coleção de playboy e revistas suecas do meu primo, no entanto a preguiça, creio que desde o dia que nasci. Acredito que a cesariana foi porque não queria sair da barriga de minha mãe, tava tudo tão quentinho, devo ter pedido mais cinco minutos, mas a equipe médica não me atendeu.
Vários casos, muitas histórias. Tem uma com minha irmã, que dormia no quarto ao lado, estudava de tarde e de noite, fazia cursinho, e eu de manhã, colocava meu despertador para as 7:00, 7:15 minha irmã entrava no quarto, espumando de raiva e pedia educadamente:
– Desliga esta merda e acorda!
Depois minhã irmã decidiu ir embora de casa, não por minha causa, arrumou um emprego numa cidade vizinha.
Sobrou para o meu pai, que estava aposentado, ele dormia no apartamento ao lado, e sempre a mesma coisa, eu arrumava o despertador para as 7:00, 7:30 entrava ele no meu quarto, brabo, me arrancando da cama, principalmente no inverno. Estudar de manhã no Rio Grande do Sul, é algo que nos torna pessoas melhores, mais fortes e mais sofridos. Que sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra. É o que diz o hino rio grandense.
O tempo passa, segundo grau, completo. Chega a faculdade, me formo em 01/02/03. Essas missões foram cumpridas, com muito esforço claro, mas cheguei no final dessas etapas.
Saio do Rio Grande do Sul em 2003, chego na terra da garoa, agora é trabalho, acabou a moleza da vida de estudante. Acabou na teoria, pois continua sendo para mim a maior tortura acordar cedo. Mas um homem tem que enfrentar seus demônios.
Agora vivendo uma vida a dois, na verdade três, eu minha mulher e a cachorra, a cama fica muito mais legal. Dormir de conchinha, bem abraçado, o que era bom, realmente fica bem melhor.
Por pouco tempo tive emprego fixo, com o tempo ganhei minha alforria e virei um free lancer, trabalhador autônomo, já minha gatinha, Lucia, trabalhava numa empresa, tinha um crachá, horários para cumprir.
Acordava mais cedo que eu, mas gosta muito da minha companhia, por isso sempre dava um jeito de me tirar da cama. Certa vez suas artimanhas tinham acabado, nenhum argumento era mais poderoso que os lençois.
Então já sem esperanças ela liga a televisão, e vê Ana Maria Braga, com um senhor, um pescador que dá a receita de uma costela em uma panela de pressão. Ela da sala grita:
– Tá dando na Ana Maria um receita de costela.
Levanto num salto, corro pra frente da TV, lá vejo a loira com um senhor muito simpático porém ranzinza. A receita muito fácil, eu louco por um churrasco há tempos, vejo o programa e quase não acredito. Dorival Bertolazzi o pescador, conta como decidiu fazer.
Ele revela que não gosta de bêbados, eles numa pescaria só servem para sentar no isopor e quebra-lo. Costuma pescar sozinho. Numa ocasião tinha apenas 2,5 Kg de ripa, ou ponta de agulha, 1 Kg de linguiça de porco e uma panela de pressão. O que ele fazia com uma panela de pressão numa pescaria acredito que nem ele mesmo saiba, mas ainda bem que ele tinha, pois inventou um prato que salvou minha vida.
Depois de ver o programa corro para rua, para comprar as carnes e uma panela de pressão.
Obrigado Dorival!

sábado, 23 de maio de 2009

COSTELA NA PRESSÃO






















Trabalho só, fico meio perdido quando tem gente por perto enquanto filmo os posts. Devido a isso, normalmente esqueço de muitas coisas, como não colocar a panela na frente dos ingredientes. Precisaria só de uma produtora para me dar essas dicas preciosas, mas engasgo com alguém por perto. Quem sabe quando eu cursar todas matérias da Escola Duarte's Dramáticas, eu aprenda a contracenar, ter outras pessoas no set e não ficar nervoso.
A Escola Duarte's Dramáticas forma o ator em vários níveis profissionais, é algo como as cores de faixas nas artes marciais. o primeiro nível ou faixa branca, o estágio Paloma Duarte, depois vem o Gabriela Duarte, o Débora Duarte, o Regina Duarte, e por último, a faixa preta da atuação, o nível Lima Duarte.

Bom antes do tradicional filme, vamos aos ingredientes que ficaram escondidos.

• 6 linguiças de porco, (salcichão para a gauchada).
• 2 Kg de costela, ponta de agulha.

Esse churrasco será feito em uma panela de pressão, se ela for grande, beleza, trabalhe com essas proporções, se for pequena faça com 3 ou 4 linguiças e 1Kg de costela, de preferência, ponta de agulha.
O modo de preparo, está no filme.


O tempo de fogo para 2 Kg é de 40 a 50 minutos aproximadamente, para 1 Kg, 25 minutos.















Quando terminar o cozimento, retire as costelas e as linguiças e coloque numa forma e aqueça no forno por mais uns 10 ou 15 minutos. Para dourar bem.



















Depois pegue um saco ou uma sacola plástica, essa é a malandragem do pescador, e encha de gelo, coloque na panela. Toda gordura da carne vai grudar no saco gelado, pode então coar o molho e fazer o que quiser com ele.





















A sugestão é um arroz, ou só reserva-lo.
Fica assim.















Tente isso em sua casa. Costela na pressão, churrasco de paulista ou churrasco de apartamento.
O nome pouco importa, o importante é que é churrasco.

terça-feira, 12 de maio de 2009

DESAFIO DE TEREZA

















Tereza foi viajar, atravessou o Atlântico , para chegar na saborosa Lisboa.
Começou a arrumar suas malas na sexta, primeiro de maio, dia do trabalho, nesse dia veio posar em minha casa, ela e minha mulher faziam jus ao feriado pois tinham que entregar um projeto no sábado e passariam algumas horas na labuta e trocando figurinhas de viagem.
Tereza como já havia dito, arrumava suas malas, mas não apenas isso, arrumava também sua casa, nesse dia esvaziou sua geladeira e despensa e trouxe o jantar, na verdade trouxe muito mais do que isso, junto com uma abobrinha, dois tomates, um arroz árabe e duas peras, me presenteou com o desafio de criar um prato com essas iguarias.
No início, fiquei até com medo, mas ela disse que eu não precisava usar tudo na receita, fiquei mais aliviado. Peguei a abobrinha e os dois tomates e separei. Iria usá-los com certeza. O arroz árabe, uma mistura de arroz com lentilha, coloquei agora para morar em minha despensa, a foto da embalagem mostrava a foto de um kibe cru ao lado do arroz, preferi guardar até o dia que refizesse o tradicional kibe de minha familia. As peras, pelo amor do meu paladar guardei bem no fundo da geladeira, para nunca mais ver.
Fiz minhas escolhas, saí de casa para ensaiar, toco bateria, digamos que é outra cozinha onde trabalho. Com uma garrafa de vinho embaixo do braço e a dúvida do que fazer com uma abobrinha e dois tomates, sem respostas cretinas por favor, segui meu caminho, ensaiei, descarreguei todo meu strees nas peles e pratos, saí do ensaio levemente embriago e me dirigi ao supermercado.
Lá dentro volta para minha cabeça o desafio de Tereza. Lembro o que tem na minha cozinha. Requeijão e manteiga aviação, alho, além dos tomates e da abobrinha.
Então compro um belo pedaço de bacon, e só.
Volto para casa, lá reencontro as duas meninas que trabalham. Elas tem fome, mas quando comerem certamente vão sentir aquela canseira habitual pós refeição, e darão um tempo no trabalho.
Entro na cozinha, fecho a porta, me concentro, o desafio vai começar.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

UMA ABOBRINHA E DOIS TOMATES




















De um lado pesando, 75 kg, pois é, tenho cozinhado bastante, medindo 1 metro e 71 de pura mentira, Ricardo Toscani,o Culináááááária Tosca. EHHHHHHHH, (a platéia delira).No canto direito, a temível abobrinha com seus comaparsas os tomates gaúchos gêmeos. Começa a batalha, Ricardo Toscani, em menor número decide usar uma faca.
Era uma vez uma abrobrinha, é cortada em tiras, de ponta a ponta, finas tiras de abobrinha. Com os tomates continua cruel, cortando os pobres em quartos e depois cortando em oitavos, pedaços de tomate por todo o ringue.

Nosso lutador vem para o segundo roud com os seguintes ingredientes:

Para as tiras de abobrinha:
• 2 colheres de sopa de manteiga.
• 3 dentes de alho, bem picadinhos.
• 250g de bacon, cortado em tiras, finas de preferência como a abobrinha.

Para os 2 tomates grandes picados:

• 1/2 copo de requeijão
• Pimenta calabresa, a gosto
• Pimenta do reino

• Folhas de manjericão
• 100g de queijo parmesão ralado, de preferência em pedaço, evite queijo ralado, aquele de embalagem, é provável que estrague sua receita, prefira um bom pedaço de queijo, desses de feira ou mercados públicos, muitas vezes vale a pena investir num bom ingrediente.

Começa o segundo round:

Numa panela refogue na manteiga as abobrinhas com o alho.
Em poucos minutos acrescenta as tiras de bacon.
Dá uma bela fritada no bacon, no ponto estilo café norte americano, bem doradinho.
Baixa o fogo e deixa o povo brigando ali dentro.

Terceiro round:

Refoga os tomates picados, no azeite de oliva, adiciona as pimentas, a calabresa e a do reino.
Começou a ferver, entra o requeijão na panela, mistura tudo, o queijo ralado vai pro apoio, o tomate se rende, chega o manjericão, vira covardia. Fim do terceiro round.

Quarto round:

O cuzcuz, chega para o acompanhamento, coloquei a semôla, que é essa farinha do cuzcuz, numa panela, uma xícara aproximadamente, coloquei uns 200 ml de água fervente, deixei descansando uns 7 minutos. Depois liga o fogo, acrescenta um pouco de manteiga no cuzcuz, assim como fez o Marlon Brandro. Daí tempera a gosto, pode ser só com sal, pois o molho que acompanha é o do tomate. Joga uma pimentinha, pouca, e depois de aproximadamente cinco minutos tá pronto. O acompanhamento pode ser um arroz, eu fiz cuzcuz, porque gosto bem mais. Aliás que brasileiro não gosta?

O prato montado fica assim.





















Foi uma luta justa e eu venci. Não é Tereza?

domingo, 3 de maio de 2009

CONTO DO VAZIO
















Sempre que há um convite para um churrasco, levo uma costela ou um vazio, também conhecido como fraldinha. Gosto muito de carne com osso, alías, gosto é do osso, sou que nem cachorro.
Mas essa carne, o vazio, é especial porque é uma carne macia, tem umas gordurinhas necessárias para ressaltar o sabor, e no boi; fica bem perto da costela de ponta de agulha, que acho a mais saborosa entre todas. No entanto o vazio além de ser barato, principalmente se comparado a uma picanha, que geralmente é a estrela de qualquer churrasco. Só que o vazio é o coadjuvante que rouba a cena em um filme e saí com a estatueta.
Minha história com essa carne vem dos churrascos com a gurizada, tanto a turma mais velha, a minha antiga banda travelling band, onde eu cantava, tocava gaita de boca e guitarra slide. Ou na turma da jogatina, pessoal que me ensinou as artimanhas do truco, bisca, escova e claro super nintendo.
Sempre que desço para o Rio Grande do Sul, dou um jeito de me juntar com esse povo, para recordar as bobagens e aprender novas malandragens do churrasco. Nem sempre consigo juntar todo mundo, mas sempre consigo me divertir muito com todos que aparecem.
Volto ao vazio, não o da vida, pois quem tem familia e amigos, tem conteúdo.
A história do vazio está ligada a esses dois elementos, familia e amigos.
Era dia 06 de fevereiro de 2003, aniversário do meu estimado amigo Cairale Wolf.
Nesse dia meu também amigo, e pai, Renato Luiz Toscani, fez para o almoço a peça de carne que me refiro nessa história. Comi incontáveis, suculentos e macios pedaços de carne. Enquanto comia perguntava ao meu pai, o que ele tinha feito. Porque aquele vazio estava daquele jeito?
Ele me responde com um sorriso de satisfação no rosto, algo que não sai da minha memória.
– Filho, experimentei algo que tinha um pouco de preconceito, esfreguei a casca de mamão na carne e deixei repousando de ontem pra hoje.
Cara não cuspi o pedaço de carne de minha boca em respeito ao meu pai e ao animal que eu mastigava, pois eu odeio mamão. E acreditem, mastigava pensando no mamão maculando a carne na noite anterior, tentava perceber o gosto e nada, a única coisa que essa fruta nojenta fez, foi deixar o pedaço de vazio, dourado e muito, mas muito, macio.
Após mais alguns pedaços depois da revelação, o almoço acabou.
Fui fazer nada, pois haviam se passado cinco dias desde minha formatura na faculdade de desenho industrial, habilitação em programação visual. Na agenda da tarde, um cafézinho, jornal hoje, video-show, novela, sessão da tarde, e só as 21 horas um futebol. O último da faculdade, os bixos tentavam nos vencer, nosso time era ruim, mas jogavamos rindo, o que sempre garantia nossa vitória. Tinhamos claro, três ótimos jogadores, Danico, Fred e Gorski, mas nem sempre contavámos com todo elenco.
Já tinha assistido toda programação da globo, por mais incrivel que pareça, até malhação. Meu telefone toca, era Cairale, dizendo que era seu aniversário e ele ia pagar algumas cervejas para os amigos, ele avisaria alguns, se eu pudesse avisar outros, e eu os encontraria depois do meu futebol.
Passada a atarefada tarde, 19 horas, duas antes do meu jogo, ataco a geladeira. Já uniformizado, com meias vermelhas, calção branco adidas, do Sport Clube Internacional, camiseta branca, tênis bege e sujo.
Retiro a sobra do almoço, esquento, e como sozinho os últimos dois pedaços de carne.
Chego no ginásio vazio, aqui não me refiro a carne, ás 20:30hs, fico aquecendo, chutando bola, correndo em volta da quadra. Chegam os primeiros colegas e adversários, mais aquecimento. Toca o sinal, todos já em campo, exceto nossa grande contratação para esse jogo de comemoração, nosso professor e patrono André Dalmazzo, mas como nosso time sempre foi superior resolvemos começar com um a menos mesmo.
Em todos os jogos eu começava como goleiro, no entanto, nesse optamos por colocar nosso melhor jogador nas traves, pois ele cumpriria dupla função.
Começa o jogo, bola para Ricardo Toscani, ele recebe na direita, dribla, corta para sua perna esquerda, vê o caminho livre, chuta em gol, e é Gooooooooool, sem chances para o arqueiro Gibran, que grita desesperadamente com seu time. Os bixos reagem, e empatam. Saída de bola os veteranos vão ao ataque, nunca perderam, não será desta vez, escanteio confusão na área, o goleiro do nosso time está no momento cumprindo a função de centroavante, bate e rebate, a bola cruza caí nos pés de Diego Quick, que vê a goleira oposta sem guadião e chuta, Ricardo Toscani vê a bola a caminho do gol, os bixos vão virar o jogo, corre, sente que não vai alcançar, pula, voa, aterrisa numa inofensiva pocinha de suor e escuta um estalo, um creck. A bola entra, os bixos comemoram, 15 minutos de jogo, 2 x 1.
Toscani no chão, seu pé caído, está para o lado, ele olha, vê sua situação e sem dor começa a gritar deseperadamente.
– Puta que pariu, que cagada, que cagada, puta que pariu, bah, que cagada, puuuta que pariu!!!
Danico, recolhe a bola do fundo das redes e diz:
– Não dá nada Tosca, vamos ganhar desses caras.
– Não vamos não, olha pra baixo.
Daniel, um bom amigo, olha para o chão e diz com a voz trêmula:
– Não foi nada. Viu!? Não foi nada.
Sua fala tentava esconder o que seu rosto denunciava. Parecia fratura exposta.
Correria, uns querendo que eu levantasse, as meninas apavoradas, eu praguejando, um outro louco dizendo que estava de carro, que eu podia levantar e eles me carregavam. Felizmente eu acompanhava aos domingos uma série do doutor Dráuzio Varella no Fantástico, ele claramente sempre dizia, nunca remova um paciente com uma fratura, espere o socorro chegar.
Ele chegou, depois que meu estimado colega e herói Marcos Pinho, saiu correndo da quadra em busca de ajuda. Era uma médica de apararentemente 35 anos, linda, não sei se pelo medo eu via na sua figura loira, um anjo me resgatando do inferno, Santa Maria é muito quente no verão.
Ela pergunta:
– Evitou o gol?
– Não.
– Que bom, pois se tivesse evitado teria uma fratura exposta, precisava só um pouco mais de velocidade.
Sou levado para ambulância, com a perna já imobilizada, chego no hospital, sou apresentado ao primo da morfina, um cara que ficou muito meu amigo durante toda semana que fiquei no hospital. O nome dele? Nubain. Santo remédio.
Foi uma bela fratuta, o rapaz do raio x inclusive perguntou se eu já havia feito isso antes. Respondo que não, nunca tinha fraturado nada.
Ele com todo sarcasmo gaúcho me diz.
– Tu é bem bom nisso. Hein!?
– Obrigado.
Ainda puxando assunto ele pergunta:
– Quem foi o cavalo que fez isso contigo?
– Eu mesmo.
– Hum.
Vou pra sala de emergência, lá sou atendido pelo doutor Bissacot. Ele já me pergunta:
– Então colorado, tu comeu alguma coisa?
– Uma duas horas antes do jogo comi dois pedaços de carne, foi um vazio, se interessa saber.
– Maizá gaúcho! Mas é o seguinte, com esses teus dois pedaços de carne no bucho não vai pegar a anestesia.
– Bah doutor, o senhor tá brincando?
– Não, não estou...
– Então como se faz?
– Não te preocupa, vou fazer tu dormir. Enfermeira, dilua 4 comprimidos de Valium e coloque numa seringa.
Levo a picada no braço enquanto falo um número de telefone para o meu amigo Fred. Minhas últimas palavras foram:
– Nove, nove, zove...roooooonc.
Meu pobre amigo Cairale ficou com a fama de nunca pagar cervejas no seu aniversário, pois eu não consegui avisar ninguém, e acho que quem ele avisou pensou que era mentira, e lá ficou ele, bebendo sozinho no bar.

sábado, 2 de maio de 2009

VAZIO, PARA OS GAÚCHOS. FRALDINHA PARA O BRASIL.


















Estava eu no mercado, numa segunda feira, pensando, o que eu poderia fazer para o jantar. Algo bem rápido, saboroso. Minha mulher ainda no trabalho, eu já tinha terminado o meu, só faltava isso na minha lista do dia. Então fui para o açougue do mercado. Muitas opções, maminha, picanha, costela desossada, com osso, isso de gado. Na minha frente ainda tinha frango, e seus derivados, moela, coração. No entanto nada despertava meu interesse, até que eu volto para seção bovina e lá encontro um pelo pedaço de vazio, me nego a falar fraldinha, termo mais usado no Brasil, mas é um tanto nojento comer fralda, vazio sim é uma beleza soa até ligth.
Pego a bandeija, Coloco no carro, que já tem uma rúcula e cinco cebolas, dentro, um total de aproximadamente R$ 12,10. Bom e batato.
Em casa tenho, manteiga, sempre, papel alumínio, sal grosso e amaciante de carnes.
Decido gravar um post, pela facilidade do prato.

Vamos aos ingredientes.

• 1 Kg de vazio, ou fraldinha. O pedaço pode variar, na receita fiz com umas 750g.
• 4 cebolas cortadas em anéis ou meias luas.
• 4 colheres de sopa de manteiga, ou uma para cada cebola.

• Sal grosso.
Amaciante de carne, aqui uso um da maggi, em pó, ele amacia em 15 minutos e não influi muito no gosto da carne, mas pode amaciar também com vinagre, ou vinho (nesse caso pode lembrar, aquela máxima que diz que de o bêbado não tem dono, pois o vinho amacia, frouxa, solta a carne), até a casca do mamão, cumpre a função, depois de comer um, pega a casca e passe a parte interna no bovino, deixe dencansanso, pelo menos uma hora.
• Papel alumínio, para envolver a carne, não é para comer.

Agora, o modo de pepraro, em vídeo, e explicativo, onde mostro que o grande período de estudos na EADM,D,X&R (Escola de Artes Dramáticas Marmo, Dolabella, Ximenes & Reymond), já me torna apto para entrar na Escola Duarte's Dramáticas, com as mestras Gabriela e Regina Duarte. Amigos o importante é evoluir.

Bom filme a todos.


Começa em fogo alto, dá uma olhada nela, depois de uns 25 minutos.
Nem precisa virar, pois o laminado protege.
Fica bem bom! Duvida? Pergunta pra Baba!