quarta-feira, 29 de julho de 2009

UMA PEQUENA PAUSA















Querida audiência do Culinária Tosca o blog vai passar por um pequeno recesso, coisa de algumas poucas semanas. Não que o sucesso tenha subido minha cabeça, longe disso, continuo o mesmo homem, tosco e humilde.
Digo, isto, pois quem me vê nas páginas da revista Imagine, na foto acima, pode pensar isso. Essa revista chegou na minha casa no dia 20 de julho, no mesmo dia em que eu, Lucia e Alice voltamos para ela.
Minha pequena pausa no blog se justifica porque, dia 19 de julho veio ao mundo meu melhor projeto, minha melhor receita, feita em conjunto com minha amada Lucia Farias, uma guria espetácular de nome Alice.
Conto aqui a breve história de Alice...
Motivos de sobra para eu me afastar, um pouquinho.

Nasceu nos embalos de sábado a noite, na verdade, domingo de madrugada, quando a festa está esquentando.
Partimos para a onda do parto humanizado, uma corrente muito legal, onde a prioridade é o parto normal, sem cortes, anestesias e tudo mais. O único analgésico é uma banheira com água a 37 graus.
Isto tudo seria feito em minha casa, mas algumas coisas não sairam como planejamos, Alice, assim como seu pai, tem muita sede, gosta de beber, e seu líquido amniotico estava abaixo do esperado para um parto em casa.
Na quinta feira estava em uma pauta e Lucia me liga dizendo, vamos para o hospital, sexta, dia 17, aniversário do meu estimado amigo, colega e irmão Bruno.
Fomos para o hospital que aceitaria nossa condição de parto humanizado, o São Camilo, mas não havia vagas no berçario, em nenhum dos três hospitais da rede, que nosso convênio pagava.
A única solução para o parto humanizado era o São Luiz, apenas ele aceitaria nossa equipe de parto do GAMA, grupo de apoio a maternidade ativa.
Mas o São Luiz, estava longe das nossas posses, o valor do parto é praticamente uma viagem a Europa, mas o bem de quem se ama não tem preço, pelo parto humanizado, pela saúde de minhas mulheres, diga a tesouraria do São Luiz que fico, pois como diria o sábio filósofo Tim Maia:
"Quando a gente ama, não pensa em dinheiro."
Lucia teve que induzir o parto, na verdade quem induziu foi a doutora Andrea. Fomos para o nosso quarto as 16 horas, hora que começou o trabalho de indução, depois de acertar tudo com a tesouraria, claro. Por volta das 19 horas chega a assistente da Andrea, Ana Cris que começa com os exames, e cuidados para um bom parto.
Então depois de 36 horas de medicamentos que antecipam contrações, Lucia foi para a banheira do delivery, lá estava eu, Dra Andrea, que me passa uma paz por ser parecida com a Jessica (uma colega minha de faculdade, a primeira a ser mãe de minha turma), Ana Cris e o pediatra Cacá, além de uma trilha sonora primorosa tocando no nosso I-pod, sucessos de Roberto Carlos, Mutantes, Jonhy Cash, Doors, Beatles, Stones, Ronnie Von, Bowie e muitos outros.
Mas gatinha estava cansada e nossa Alice não pode nascer na água, fomos para então para cadeira de parto, nesse momento fiquei nas costas de Lucia, eu era um encosto, dos bons, dando todo apoio, contando piadas internas, cantando as músicas baixinho no seu ouvido, canalizando a inutilidade masculina nessa situação em uma coisa boa, positiva.
Pois se você é homem se acha uma pessoa útil no mundo, espere até sua mulher ficar grávida.

Vocês não tem idéia da felicidade que tomou conta de mim quando ás 00:49 do dia 19 de julho nasceu Alice, ao som de Lovin' Spoonful, Daydream, depois My best friend do Jefferson Airplane e Jorge Ben com Eu Vou Torcer.
Foi tudo muito mágico, a melhor e maior sensação da minha vida.
Nenhuma droga, comida, sexo, (bom isso não posso afirmar com tanta propriedade, pois a concepção de Alice, aaaaahhhh), enfim, dá o barato do nascimento de um serzinho tão especial.
Com cordão e tudo foi entregue em nossos braços, ficamos com ela por longos quinze minutos de muita fama. E eu cortei o cordão no final, os médicos fazem isso para que a gente não se sinta tão inútil.
Ainda há muito o que contar, mas como disse, essa é uma breve história.

Mas para você querido leitor, não ficar sem receita, aqui vai o vídeo do Caldo de Pequenita, ou Sopa de Guria Linda.
Bom filme!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

SE NÃO DÁ PARA FRITAR, NÃO VALE A PENA COMPRAR






















Minha afirmação pode parecer radical, mas para quem não sabe cozinhar ou sabe pouco, esse é uma dica infálivel para quem está no supermercado sem idéia do que colocar no seu carrinho.
Quase tudo na vida dá para fritar, os franceses que o digam, na Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra, os ingleses esperavam seus rivais com barris de óleo fervendo, e usavam como uma arma fatal, dando um banho quente nos compatriotas de Joana D'arc, não poderia eu dizer se eles ficavam saborosos, mas a lista que dou agora comprova o que disse no começo e agora repito.
Quase tudo dá para fritar e fica bom.
Carnes, legumes, queijos, frutas, pães, chocolates, ovos, massas...
Enfim, coloque na sua lista de compras o que for, mas nunca deixe de colocar azeite ou óleo de cozinha e claro uma boa escumadeira.
Quem lê o blog pode por um pequeno instante pensar que estou exagerando, porém não estou, no mesmo nível que fritura em excesso pode te matar, ela não deve ser vista com tanto temor, pois ela pode salvar tua vida, num caso de muita fome e pouco tempo, e também quando tiver uns amigos que aparecem sem avisar na tua casa e tu não tem idéia do que servir. Basta esquentar o óleo e jogar, o alimento escolhido.
Eu citei que podemos fritar chocolate, e não minto, em um futuro post quem sabe, darei a receita de twix frito, ainda não é o momento, não me sinto preparado para fazer aqui no blog. Mas conto como aprendemos, eu e minha namorada, essa deliciosa sobremesa. Uma vez depois de assistirmos o filme Super Size Me, A Dieta do Palhaço, eu e Lúcia além de ficarmos com muita vontade de comer um lanche do Mac Donald's, vimos no filme algumas várias marcas de chocolate que foram para o azeite, entre elas o twix, corremos para o computador, pesquisamos os ingredientes, e voiala, comemos cerca de 6 twix fritos envoltos em uma massinha tipo a de tempurá. Alías viva a culinária chinesa e a japonesa, com seus tempurás, vantans, onions rings, rolinhos primavera, peixes e frangos fritos.
Um viva também para as feiras e rodoviárias com seus pastéis, coxinhas, bolinhos de bacalhau, kibes, risólis, croquetes, espetinhos de frango e camarão, que nos fazem criar fortes anticorpos.
Sou um apaixonado por frituras, o som, aquele tssssssssss, o aroma, o crocante da batatinha, mandioca ou polenta. Tudo que é frito ganha um lugar especial no meu coração, um lar nas minhas coronárias.
Sei que vou morrer um dia, mas levarei comigo a lembrança das sextas gordas da faculdade, reuniões saborosas, onde em todo encontro fritávamos um único cardápio. Começamos com batatas, depois na outra semana, mandiocas, depois pastéis, sempre ao final de cada reunião tomávamos uma xícara de chá de boldo sem açucar para amenizar um pouco a culpa. Elas duraram poucas semanas, queriámos um futuro.
Outra lembrança que levarei comigo é o sabor do primeiro fish and chips embrulhado em papel que comi no parque de Dublin, além do sabor levo comigo o momento que vivi com meus amigos, sentado na grama, embaixo de uma árvore, num raro dia de sol da capital irlandesa.
No entanto não morrerei sem antes voltar a Argentina e fritar um sorrentino. Uma espécie de ravioli gigante recheado com presunto e queijo, normalmente, existem outros recheios, é uma iguaria italo-argentina, feita com diversos molhos, o popular é ao sugo, quatro queijos, mas desde o dia em que comi meu primeiro sorrentino pensei neles mergulhados em óleo quente, saindo dourados pronto para serem consumidos.
Posso sim morrer do coração por culpa das frituras, mas é do coração que morrem os apaixonados, os românticos.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

RAVIOLI FRITO






















Coragem amigos o culinária tosca vai ampliar seus horizontes.
Não tenha medo de fritar nada, o óleo só melhora o sabor dos alimentos.
Esse post será o primeiro de um especial de frituras no blog, coisas que você nunca imaginou jogar no azeite, das mais diferentes formas, mas em doses homeopáticas, um de cada vez, para não matar ninguém e não te deixar com a cintura confusa do Fausto Silva, nem daquele apresentador do video-show, não o inexpressivo do Luigi Baricelli, esse nem vale a pena citar, aquele outro rapaz que nem para malhação servia.
Enfim, o filme está uma beleza, mais um passo que dou na brilhante carreira de atuação, fiz cursos que me ajudaram muito, como a Escola de Auto-Controle para Atores, Theo Becker, e o ingresso no nível Gabriela Duarte, da escola Duarte's Dramáticas.
Confira mais um suceso do Vergonha Alheia Própria Produções, ravioli frito.
Antes os ingredientes:

• Uma bandeija de ravioli (carne, frango, 4 queijos, ou presunto e queijo).
• Azeite, óleo de cozinha.
Essa receita é mais díficil que escrever roteiro de filme pornô.

O modo de preparo está no filme.
Bom filme!