quarta-feira, 27 de julho de 2016

Parafurros















Tudo frito é melhor.
Exceto nós mesmos. A dor deve ser insuportável.
Frito é bom.
Frango é bom. Frito é melhor.
Batata é um coringa na cozinha. Frita é felicidade extrema.
Macarrão é bom! Frito, é a prova de que Deus existe, isso, e o Netflix.
Assim nasceram os Parafurros.
Estava eu, sozinho em casa, com frio, havia sobrado macarrão.
Fritei!
Eu quando preparo a massa não misturo os molhos.
Numa panela a pasta, na outra o molho. Simples, tu tem total controle sobre o molho e quando sobra, estas ficam melhor de guardar.
Não uso azeite, nem sal na água do macarrão, cozinho no tempo do al dente, duro, escorro, salgo e coloco manteiga.
Nesse dia frio, que me referi nas linhas acima, senti saudades do doce, quente e grosso churros do Woltmann do calçadão de Santa Maria.
Usei essa linguagem quase pornográfica para descrever o churros porque sim ele é libidinoso.
Esse churros deixa marcas.
Então, quando olhei para o macarrão, não pensei duas vezes, alías nem pensei, joguei o óleo na panela para lubrificar, digo, fritar, pelo menos uns dois dedos, joguei um fósforo dentro, ele acendeu, apagou, peguei uma escumadeira, retirei o palito, coloquei os macarrões. A fervura levantou, baixou rapidamente, forrei um prato com papel toalha, peguei novamente a escumadeira, retirei os macarrões fritos, coloquei outros, sem dó, nem piedade. Os que ali estavam, escorrendo sua gordura no papel toalha acrescentei açúcar e canela. Retirei os outros, dourados como o sol, cada macarrão um parafuso de ouro, um mais lindo que o outro.
Ao fim, já na última fritada joguei todo açúcar e canela que me sobraram num pequeno e alvo pote, polvilhei.
Polvilhei lentamente deixando-os levemente cobertos com um orvalho adocicado, bem mais iluminados, ó parafusos dourados.
Não contente, abri a geladeira, retirei um pote de doce-de-leite e imergi, um por um cada macarrão parafuso dourado da travessa em um pastoso deleite.
Tudo isso para que?
Para matar a saudade do quente, grosso e doce churros do Woltmann!

Para que?
Parafurros!

Ingredientes:
• Macarrão cozido
• Óleo para fritar (meia garrafa)
• Açúcar e canela (duas parte de açúcar, uma de canela)
• Doce-de-leite

Modo de Preparo:
A Culinária Tosca oferece, uma culinária em gif, abaixo um passo a passo de fácil compreensão. O último gif apresentado são fotos de minha grande amiga e companheira de trabalho e lutas, Gessy Tereza. Todos esses gifs estão reunidos num filme singelo e deveras didático, com trilha sonora própria composta por Ricardo Toscani, num projeto pré Los Freelas de una Pauta, sua banda atual. Essa música foi gentilmente cedida para a nossa sempre parceira Vergonha Alheia Própria Produções que nos cedeu por sua vez mais uma grande obra prima de curta e limitada metragem cinematográfica.




   

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Da horta mano

























Tem um tempo que eu decidi ter uma hortinha simples de temperos na minha casa. Tenho problemas com plantas, esqueço que elas precisam de água pra viver, penso, como elas produzem seu próprio alimento com a luz, fazem o mesmo com a hidratação.
Não, não funciona assim, elas precisam que alguém de boa vontade lhes sirva o líquido precioso, tal como eu que necessito de um garçom e é a primeira amizade que faço numa festa de casamento, formatura e afins.
Voltemos as hortas caseiras.
Nesse post não ensino a cozinhar, afinal acho que não ensino em nenhum outro, mas tenho a pretensão. 
Uma vez uma menina fez um comentário aqui no blog sobre como usar tomilho, minha resposta sincera foi, pera aí que vou dar um google, ler uns livros e já te respondo. 
Eu li, pesquisei e encontrei muitas possibilidades, mas meu uso preferido deste é no frango. Depois foi a vez da sálvia que está no post anterior como estrela num macarrão com manteiga, hortelã que numa jarra com água, canela em pau e limão siciliano vira um delicioso refresco. Manjericão para pesto e porque não para peixes?
Afinal os temperos nos ajudam a inventar e modificar os sabores. Não existe regras pra usar. Cada um faz o melhor pra agradar o paladar. Não é atoa que o Cris, do ovo, o Colombo, atravessou o mundo atrás de especíarias e me pergunto, o que ele não faria para encontrar essas ervas frescas?
Então a dica do blog é:
Faça uma pequena horta no seu apartamento, eu já estou na quarta pelo que me lembro.
Quarta? Mas vale a pena?
Vale e muito, às vezes um maço pequeno no mercado custa em média uns R$ 3,00 e o uso se restringe a semana, os vasinhos te tempero pelas feiras aqui de Pinheiros custam R$ 8,00 e se tu prestar bem atenção, onde mais bate sol na casa, quais plantas são mais sensíveis a luz, regar duas vezes ao dia, podem durar um mês ou até mais se tu não for um completo desastre como esse que vos escreve.
Além do mais, essa dica já foi dada por aqui, tira um dos galhinhos do manjericão, antes de destina-lo ao pesto e põe num copinho com água, em poucos dias pequenas raízes aparecerão e o mesmo já se encontra pronto pra ser replantado. 
Faço essa do copo com cebolinha, ela pode ficar uma semana na água, daí corta tudo e planta só a parte branca.
Nesse momento faço o teste com a hortelã.
Se vai dar certo?
Só o tempo dirá!