segunda-feira, 13 de abril de 2009

EU TROUXE FISH AND CHIPS






















O mercantilismo, suas caravelas e as buscas por especiarias. Todo mundo que viaja traz alguma coisa, Colombo, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, o importante para esses rapazes era chegar as índias, e de lá trazerem noz-moscada, pimentas, ouro e o kama-sutra. Alguns erraram suas rotas, mas seus erros por sua vez se tornaram acertos, Colombo chegou a América, Pedro também chegou na América, mas precisou ir mais para baixo, pois os espanhóis já eram donos no norte, naquele tempo era assim, pegue dos índios, mas não dos europeus, o respeito era artigo tão raro quanto as especiárias indianas.
Bom, mas todo esse couvert é pra dizer que quando iverti a busca pelos continentes, isto é, saí da América do Sul e me bandiei pra Europa, resolvi explorar. No meu roteiro, Amsterdam, Dublin, Londres, Barcelona, Maiorca, Carvalhal de Azoia e Lisboa.
Estava ancioso pelo velho continente, cada cidade com seu sabor. Amsterdam e suas batatas fritas com maionese;
Dublin com fish and chips, no papel.
em Londres tem o english breakfast, o fish and chips, mas a comida chinesa de Chinatown foi a melhor pedida.
Na Espanha: tapas e jamón;
E chegando em Portugal os frutos do mar e é claro o bacalhau, mas lá conheci uns peixinhos que servem de entrada, os carapaus, o nome é uma beleza, o sabor melhor ainda.
Todos os sabores foram espetáculares, fecho os olhos e posso sentir todos os aromas, lembrar de todas as cores, de cada prato em especial, mas quem está alojado em pontos especias do meu cérebro e coração, é o Fish and Chips irlandês.
A dica foi do nosso guia na Irlanda do Sul, ou Eire, Pablo Burtet, também conhecido como, pintinha. Esse rapaz muito querido, um exemplo de cavalheirismo, pesquisou e chegou no melhor fish and chips da cidade, indicação do seu chefe, o gerente do hotel Shelbourne. Vi a fachada do lugar e pude ouvir um coro de anjos cantanto, (óóóóóóóhhhhhhh), que visão. Entramos no lugar, mais coro de anjos, fomos atendidos por um simpático velhinho, pedimos, eu e gatinha dividimos um smoked cod, ou bacalhau defumado.




















Felizes com nossos pacotes, saímos do lugar que não tinha mesas nem onde comer, o que foi melhor, pois decidimos comer em um parque, cada um carregava um cheiroso e gordo papel pardo, eu já não me aguentava, estava louco para abrir o pacote já no caminho, mas fui paciente. Quando abri o pacote, eu vi o céu - e ele é muito saboroso.




















No outro dia, mais passeios e acabamos indo almoçar em uma espécie de shopping, achei a mesma franquia do simpático velhinho, mas lá não se vendia fish and chips no papel (no jornal então nem pensar) então comi no prato mesmo, quando terminei fui até o restaurante devolvê-lo e iniciei um diálogo com a moça do caixa, with my english from de jungle.
– Hi, i'm from Brazil, and i like fish and chips! How i do? Not here, in Brazil, for my friends.
– Just flour and water. (Responde a moça)
– How many eggs?
– No eggs, just flour and water. (responde o cozinheiro irlandês)
Então, sigo com meu inglês capenga, mas infalível. E direciono outra pergunta que apresento aqui já na versão dublada.
– Qual o ponto da massa?
Ele me responde, dizendo que o ponto é simples, levante a colher com um pouco de massa, se essa escorrer de forma lenta e suave, a massa está pronta, mas sempre é bom deixar um pouco na geladeira.
Final da história, assim - como outros tantos exploradores - atravesso o atlântico, com novidades e especiarias e como diria Elba Ramalho: "trazendo na mala bastante saudade".

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