segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ôh Juiz!? Que tá fazendo aí fora?




















 Segue a Turnê. No momento estou em casa, acabei de voltar dos shows de Vitória e do Rio. Mas o que conto é quando vistamos uma das cidades com mais trocadilhos que México, Perú.
Bueno, segue o baile, o expresso sai de São Paulo as 21h e passa por Campinas lá pelas 22:15, também pega gente em Valinhos, Jundiaí, e por aí vai.
No posto da estrada de Campinas tem um café de coador di-vi-no, ui, e tem uma coxinha que orrrrrna* muito bem, mas a dica dos locais é a esfiha de carrrrrrrrrrrne*.
*(fonema de sotaque do interior paulista).
A viagem agora só para pra hora da janta. Nem vi onde parou, mas parou num lugar medonho. A solução para qualquer lugar medonho é o espetinho de frango. Comi, mas a fome não acabou, então pedi o misto-quente que todo mundo estava comendo. Duas grossas fatias de pão de milho, apresuntado se passando por presunto e queijo, pouco queijo, mas a manteiga era de verdade. Tava legal, mas eu teria feito bem melhor, com toda humildade e modestia que me pertence.
Agora a idéia é parar só em Juiz de Fora mesmo, para pegarmos o café da manhã no hotel. Estou me especializando em café de hotel, e temos encontrado uns muito bons, muita variedade, bons sucos, no entanto o de Juiz de Fora ganhou o concurso, tinha um moço na entrada do restaurante fazendo uma omelete na hora, muito fã de educação, ele não cozinhava sem antes ganhar um bom dia, assim o fiz, o chamei de professor, tapei o moço de elogios, e comi uma das melhores omeletes do mundo onde vivo. E não dispensei elogios depois de engolir o último pedaço, parei de chama-lo professor e o apelidei de mestre.
Pena que fomos embora na madrugada e não pude repetir o dejejum.
Uma pestana no quarto, antes do almoço.
Acordo e o camarada Ernani Teixeira, o grande pesquisador do Culinária Tosca descobre um lugar chamado Bertu's. Coisa muito fina. Comida típica mineira.
Lá chegando, sete reais e oitenta centavos de distância do hotel, medidos em táxi, uma fila enorme de espera nos esperava. Pedimos gentilmente a garçonete que nos trouxesse uma garrafa de cerveja, Original, e dois shots de cachaça Salinas, para acalmar a espera e aumentar a fome.
Terminada a cachaça e a cerveja, surge uma mesa, vamos até ela, e repetimos as doses para inspirar o cardápio. Dúvidas quanto ao que pedir, vão sendo esclarecidas pelo paciente garçom. Ficamos entre galinha ao molho pardo e lombo com molho de ameixas, tenho certo problema com fruta e carnes na mesma travessa, ocupando o mesmo espaço. Mas os acompanhamentos, farofa com banana e arroz com alho e queijo, e a busca por novas experiências gastronômicas me forçaram a escolher o lombo com ameixas.
Excelente escolha, rango nota 14, numa escala de 1 a 10. O toque especial foi dado pela couve mineira que pedi separado. Acompanhou muito bem e quebrou um pouco do doce da ameixa e banana, a frutose.
Ernani para arrematar pede um doce-de-leite com queijo minas, mas na boa, para mim uruguaios e argentinos fazem um doce-de-leite de verdade, e deixa o nosso na sola do pé,  os mineiros que me desculpem, mas ainda falta muito pra vocês, falta cor, sabor, textura, etc. Vocês entendem de pão de queijo e cachaça, e isso ninguém pode discutir, pelo menos não comigo.
Enfim o meu recado é esse, Juiz sai de fora e vem para a cidade que ela é muito boa.


2 comentários:

  1. bertu's é um trocadilho mineiro sem o "A" e graça?

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  2. É a primeira vez que visito o blog e, de cara, me deparei com um post sobre minha querida Juiz de Fora. Você acertou em cheio na escolha do restaurante e do prato! Modéstia à parte, nossa cidade está muito bem servida no quesito culinária. E aproveito para lhe convidar a visitar-nos novamente pra descobrir novos sabores mineiros!

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