sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Boas Festas!!!

O Culinária tosca acorda de seu sono para lhe desejar boas festas.
Foi um ano bom. Aprendi muitas receitas, comi, bebi e continuo engordando, muito.
A cerveja tem sido minha companheira. Nesse ano de 2010 conheci gente nova através de velhos amigos, temos uma banda, celebramos, e em 2011 vamos estourar, teremos um sucesso maior e menos estrábico que o do Luan Santana. Olharemos para um único ponto no futuro, com o foco no sucesso de Heleninha Roitman and the Punk Tosko Full Glass Band Project, e não olhando para dois lugares ao mesmo tempo como faz o Luan.
Falando em dois pontos, hoje na cozinha de meu pai preparo o pernil da ceia que postarei em breve aqui no blog, mas me divido entre a casa da sogra e a do pai, transito pelas duas cozinhas feliz da vida e aprendendo muito com esses bons e sábios professores. Lembro dos sandubas que fiz e das comidas que vi fazerem e esperava ancioso para comer.
Ontem enquanto esperava o vinho branco para finalizar o preparo do molho para marinar meu pernil de porco, fui tomar uma cerveja no Mini-Mercado Progresso, lugar onde comprei, mas meu pai pagou, todos os vinhos e os vicios que tive na faculdade, onde sempre tomei um café nutritivo com pastel e coca-cola antes de tomar o ônibus rumo ao campus universitário. Entre uma cerveja, Polar era a marca dessa que bebia, e uma cachaça da região, ajudei o dono do mini-mercado, Luiz, a fazer letras para colocar nos perus de natal. O homem ia assar em sua full HD televisão de cachorro. As encomendas iam de, peru para dona Marta, para ela um M de arame, peru para o Mariano, minha obra prima, um M e um A juntos no mesmo arame, jóia rara, peru para o Pedro um singelo P.
Alicate, arame, na mão, e cachaça como pagamento, essa é a vida que eu quis, como diria Cazuza. A cada letra e gole pensava no ano, na vida e no meu dia como cozinheiro e como auxiliar. Incrível, dois momentos, sou chef e sou peão. E isso dá o que pensar. Dois pontos de vista.
A menssagem que fica para mim, neste fim de ano e para o próximo que se aproxima, se resume no pedido do astronauta de mármore, Bilú!
Apenas busquem conhecimento.
Boas Festas!

Esse filme da Vergonha Alheia Própria Produções,  conta com o argumento e trilha sonora de Tosca. Direção, concepção, realização, colaboração, criação e principalmente consideração, minha amada Lucia de Menezes Farias, a gatinha.
Esse filme é dedicado a Alice e todo amor que ela representa.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"A dorada ambrosia da avó de minha fia!!"
















Sábado frio em São Paulo, véspera da eleição presidencial de 2010.
Três casais, se reúnem. Três homems e três mulheres, como manda a bíblia. Juntos numa mesa comem pão, bebem vinho, outros cerveja, queijos, pastas e fiambres. Em pauta os caminhos da política brasileira, os personagens da eleição, os deputados estaduais e federais, os senadores, o governador e claro o presidente da república. A mesa palco da democracia, trazia opiniões diferentes, e cada canditado, menos o Serra, apresentava inumeras qualidades que cativava um ou outro eleitor da mesa.
Dilma por ser o primeiro homem de sexo feminino a liderar as pesquisas como presidente da república.
Marina Silva por ser a única mulher concorrendo a presidência.
Por fim Plinio Arruda Sampaio, o burguês socialista zumbi, de língua afiada.
O amargor da conversa nos fez rapidamente optar por uma sobremesa.
De bico doce, com diria meu sogro Paulo Xavier Faria, marido de Elusa Menezes, dona da receita de ambrosia que fiz para adoçar o bico dos eleitores para logo mudarmos o paladar de nossa prosa.
Cada um com seu canditado e nenhum com o Serra, seguimos a noite falando outras bobagens bem mais importantes e relevantes que política.
Foi a primeira vez que me arrisquei a fazer a ambrosia da sogra, conhecida por muitos como a melhor ambrosia do mundo. Já vi cenas lindas e outras dantescas por conta do doce de ovos de minha sogra. Já vi Mauro seu irmão levantar um pote dourado do doce como o troféu mais cobiçado do mundo. Vi um protesto de mulheres Menezes com cartazes e megafones, naturais, pois estas são boas de goela, gritanto alvoroçadas...
– Ei Baia mereço ambrosia!!
Pois este doce dos deuses, como também é chamado, só é dado no natal para os homens da familia.
E um deles, o menino Eduardo Menezes, duda, abriu o pote conquistado, e me tirou do meu autismo enquanto eu desenhava em meu caderno, o que é muito difícil. O rapaz em questão, pediu a atenção de todos, inclusive a minha, abriu a tampa do seu vidro ambrosia e na frente dos presentes deu uma horrenda escarrada no doce, proferindo as seguintes palavras...
– Essa é só minha!!
Eu que não saio do meu autismo para nada, me arrependi de ter saído pela primeira vez e me deparado com tal cena. Enfim, decidi que o melhor que poderia fazer por mim além de lavar meus olhos com muita água e pimenta, seria aprender a fazer a receita de minha sogra.
Quando veio para São Paulo pela primeira vez, minha sogra fez sua famosa ambrosia em meu fogão. Quanta honra, eu um pequeno aprendiz, observo atententamente o delicado processo de feitura do doce, anoto as medidas e guardo o caderno por três longos anos.
Os anos passam, nasce o blog, nasce alice, renasce a esperança e com ela a coragem de fazer a receita mais perfeita e intimidadora de ambrosia, no dia 02 de outubro de 2010.
O resultado?
Ainda falta muito para mim, longos anos para aperfeiçoar a melhor ambrosia. Me faltam as horas de fogão de Elusa, me falta quebrar muitos ovos, mexer muita panela, mas sigo no meu caminho de aprendiz, persistindo a procura da ambrosia dourada.
Assistam agora a maior obra cinematográfica realizada pela Vergonha Alheia Própria Produções, um filme incrível, um quase documentário, um quase reality show, um quase vídeo modo de preparo, aliás tentem descobrir como se faz o doce no meio desse diálogo tão profundo entre amigos, drinks, doces, cafés e cigarros.




INGREDIENTES:

• 1,5 litros de leite de saco. (aqui não me refiro a esperma)
• 9 ovos, vermelhos e caipiras. (tipo os do Zé Dirceu)
• 600g de açúcar, cristal. (não do refinado como gosta o Aécio Neves)
• 1 colher de sopa de cravo da índia. (ou de um indiano se preferir)
• canela em pau. (não me vem com pó, é pau)

sábado, 16 de outubro de 2010

Arroz com Galinha e Tosca.














Vamos falar de amor.
Sobre os opostos que se atraem e os iguais que se procuram.
Sou o oposto. Sou lerdo, preguiçoso, com pouco senso de orientação, pareço burro ás vezes e sou canhoto, nem todas são qualidades.
Já Lucia é completamente o contrário, é destra, é muito inteligente, tem um GPS na cabeça, hiperativa e rápida na maioria das vezes, o que é uma grande vantagem.
Eu e Lucia nos amamos. Nos amamos tanto que fizemos uma filha, um amor incondicional.
Hoje os nossos opostos criam um ser humano maravilhoso.
O que tem em Alice é nossa completa mistura, mistura essa que tem em toda a criação da Baba, nossa cachorra.
A Preta Gil é o maior exemplo de que o amor por um filho é incondicional. Gil podia ter fugido da paternidade, mas resolveu ficar e amar muito essa criatura, digo, menina de maneira incondicional. Ele ligou muitas noites para ela pra ela e falou doce ao telefone "só chamei pra dizer te amo", porque ela precisava ouvir que era amada, ele precisava convence-la dissso. Ou mesmo quando chegava da escola e contava ao pai a coleção de apelidos que ouvia diariamente, ele a consolava disfarçando as gargalhadas, "não, não chores mais, menina não chore assim, não, não chores mais. bem que me lembro da gente sentado alí...". 
Preta sim, foi criada para dar e receber, muito amor.
Ela ama sem distinção, e foi amada da mesma forma, isso pode fazer com que ela seja confundida com uma galinha, isto é, uma Paris Hilton nacional e mal acabada. Só por amar pessoas como Otávio Müller, Felipe Shure do profissão repórter, o Márcio Vitor vocalista do Psirico, a Marlenne Mattos e o Giane, mas pra mim o Giane é meio arroz, tipo os namorados da Susana, Ana Maria...O Bruno de Lucca, que não come, só acompanha.
Está sem nenhum amor? Estão de chamando de gay ou lésbica e ainda não quer assumir? Muito, muito velha? Chama o arroz!
Ele pode ser amigo, namorado ou simplesmente um companheiro.
Sem moral, com baixa estima?
O arroz é o cara. O Bruno De Lucca é o cara.
Falando em arroz, penso que no amor valem as mesmas regras da culinária. Nem tudo precisa combinar, nem tudo tem que ser harmônico. Temos medidas e elas são importantes, respeitamos isso, é o que dá o tom de uma receita, o caminho. No entanto se passarmos da medida criamos um novo sabor, pode ser bom, pode ser ruim, mas importante é curtir o momento, apreciar, e fazer dele eterno enquanto dure. Mas e se o arroz encontra o amor? Se esse arroz encontra o ingrediente que faltava? A tampa da panela, a manteiga no pão?
Por fim, se em alguma balada aquilo que era pra ser apenas um favor, um acompanhamento, ou um capricho de não querer sair de casa sozinha, transforma-se num sentimento bem maior e mais bonito.
Nesse dia o Bruno de Lucca vai olhar nos olhos da Preta Gil, e vai sentir o amor. Aquilo que primeiro veio com o gostar, depois com a paixão e culminou com o amor eterno. Nesse exato momento teriámos um dos pratos mais populares da culinária gaúcha, e das mesas da minha familia. O Arroz com galinha.
Para fazer arroz com galinha é tão simples quanto amar, basta sentir, querer muito, olhar nos olhos, ter muita vontade e claro alguns cuidados. Como os ingredientes certos...

• 7 pedaços de Susanas Vieiras, (eu usei 3 sobrecoxas, 1 coxa, 2 coxinhas e 2 asas).
• 4 xícaras de namorados dela, parboilizado,  é o que eu prefiro, mas pode ser com o branco, camil, Tio João, Uncle Bens , o amor não tem preconceitos.
• 4 cebolas médias.
• 8 dentes de alho.
• 2 caldos de galinha, (isto é opcional, pode ser feito só com sal).
• Sal a gosto.
• Salsa e cebolinhas picadas, (pode servir separadamente).

Agora fique com o vídeo que a Vergonha Alheia Própria Produções fez para o Culinária Tosca participar do concurso do canal bem simples. No bem simples você irá encontar a versão curta do vídeo, com 4 minutos de duração. Pode fazer um comentário no vídeo para concorrer a uma cafeteira, tré chique, mas para isso tem que se cadastrar no site do bem simples
Mas só aqui no blog meus amigos verão a versão extendida do diretor.
Um filme de aproximadamente 8 minutos que conta com a participação muito especial de quem melhorou muito a audiência no blog e também minha performance na vida.
Bom vídeo a todos.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Homenagem do Culinária Tosca.












O Culinária Tosca, vai fazer sua primeira homenagem.
Vou falar rapidamente de três gerações (que eu conheço), de mulheres Novaes, muito melhor, superior, e bem mais legais que as mulheres Dermacid.
Conheci a primeira delas e que pertence a terceira geração, Simone, por intermédio da minha mulher. Trabalharam no mesmo lugar, almoçaram juntas quase todo dia a mesma comida no refeitório do sistema. Perto de onde trabalhavam, encontraram uma pequena portinha que vendia doces, bolos e tortas, e aliviavam certas tensões, tanto de trabalho como mesntruais, na tal portinha.
O tempo passou, a lojinha de doces cresceu, e Lucia e Simone também.
Deixaram o antigo emprego, e passaram a viver...
Conheceram outras docerias e outros restaurantes. Num deles, num domingo Simone nos convida para almoçar, era um grego,  Acrópoles, o dono tem um belo nome, Trassivolos. Lá conheci mais duas mulheres Novaes, a mãe, Solange e Mônica da terceira geração, tal qual Ana, a caçula que nesse momento ainda não conhecia.
Comemos bem, muito bem, e eu bebo uma cerveja de nome Mithu's, olho para o lado e vejo o ator Lázaro Ramos. Isto não tem muita relevância, mas como sempre falo mal de um ator, melhor falar de um que estava sentado ao meu lado; no entanto não tenho porque falar mal do Lázaro, ele é um ótimo ator, fez ótimos filmes como: O Homem Que Copiava, Saneamento Básico, Meu Tio Matou um Cara, Madame Satã e a obra prima Cinderela Baiana. A pior coisa do Lázaro é ser casado com a Thaís Araújo, mas pior seria se fosse com o Netinho.
Do Bom Retiro, vamos para Pinheiros, Rua Padre Carvalho, 91, lá a Doceria Brigadeiro  mostra na vitrine todo seu potencial, Bolo Surpresa, Torta de Brigadeiro que provei e Pavê Delicia, que eu nem me interesso em provar, porque não gosto de bolacha molhada, só de molhar o biscoito. Então peço a torta de limão, é boa, não sensacional. Comento com dona Solange. Que me retorna com um:
– Minha mãe faz uma muito boa.
Não lembro muito como a conversa terminou, mas lembro que chegou uma carta para mim, de Curitiba, com uma receita de torta de limão. Receber uma carta hoje em dia é tão inusitado, surpreendente e bonito. Recebi muito poucas cartas na vida, mandei muitas para passar um dia com a Xuxa, e olha que eu nem gostava dela, queria só comer o café que ela mostrava na abertura do programa, passar o dia numa mansão no Rio de Janeiro, ganhar uvas e morangos da boca das paquitas. Mas antes de cada um desses sorteios tive que aguentar horas de show da gauchinha de santa rosa, suportando aquele chato do moderninho, o Cid Guerreiro, O Michael Sullivan e o Paulo Massadas, o Robertinho do Recife, toda alegria do José Augusto, mesmo as paquitas que eram legais começaram a cantar, daí estragou.
Legal mesmo só o praga, o dengue e os desenhos.
Poderia ter escrito cartas para outras pessoas e recebido muitas em troca.
Mas das poucas que recebi, uma delas tinha uma receita de torta de limão, escrita a mão, pela dona Celeste Novaes, que eu não conheci, por isso não sei se sou capaz de falar dela, e com isso prestar uma linda homenagem.

Para isso conto mais uma vez com a ajuda de uma amiga que muito conhecia essa gentil e querida senhora. Sua filha Solange Novaes, mãe de Simone, Mônica e Ana.


Carioca, quando chegou em Curitiba em 1953 com o marido e dois filhos, a primeira providência foi comprar ceroulas e camisetas. De Curitiba só não gostava do clima. Perfeccionista, dominava a arte culinária como poucos. Confeccionou vestidos para as netas que poderiam ser usados pelo avesso, tão perfeito o acabamento. Frase nunca dita: “não repare na bagunça”. A casa estava sempre arrumada como se fosse receber visitas a qualquer hora e, quando chegavam, era oferecido um cafezinho, um refrigerante, um biscoitinho. A mesa da ceia de Natal, sempre fotografada pelo filho, era digna de aparecer em revista. Adorava presentear, participava de amigo secreto mas presenteava a todos. Exemplo de filha, esposa, mãe e avó. Ganhou da neta Mônica uma placa de prata com os dizeres: “Para vó Celeste, uma mulher admirável”. Realmente o foi.
Viúva de Denio Leite Novaes, deixa três filhos e sete netos... e um fã desconhecido.

Ingredientes:


Para massa.
• 2 xícaras de farinha de trigo.
• 1/2 xícara de manteiga sem sal.
• 1/4 xícara de leite.
• 1/2 colher de chá de fermento em pó.
• 1 pitada de sal


O recheio.
• 1 lata de leite condensado.
• 1 xícara de café de suco de limão.
• 2 gemas.


A cobertura.
• 2 claras ou mais
• 4 colheres de sopa de açucar, 2 para cada clara.



quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Uma Fantástica Fábrica de Massas.














Como o insosso Charlie Bucket sou convidado para conhecer uma fantástica fábrica, no entanto não me deparo com o perturbador Gene Wilder, muito menos com o esquizofrênico Jonhy Deep, o meu Wonka se chama Ivan Bornes, um dos responsáveis pelo excelente Primo Pastifício, uma casa de massas localizada no bairro de pinheiros, na Fradique coutinho, esquina com Arthur de Azevedo.
Como o pobre Charlie, não tive dinheiro para comprar barras e barras de wonka, muito menos bandeijas e mais bandeijas de sorrentinos, como fizeram Veruca Salt, Augustus Gloop, Violet Borregaard e Mike TV. Tive que contar com a sorte.
Quando o Primo Pastifício abriu as vagas para o jantar na fábrica, em um cartaz colocado no vidro da loja, eu apenas olhava o maquinário pela janela e imaginava se poderia eu jantar com os Wonka's do carboidrato. Chovia, ventava frio, e eu me dirigia para minha humilde casa pensando nas maravilhas postas a venda nessa incrível fábrica de massas caseiras. Os felizardos saim um a um, em cada canto de São Paulo, e rapidamente a última vaga é preenchida, escuto ao longe a comemoração, eu choro, caio num desespero profundo. Quando chego em casa ligo a televisão e Cristiane Pellajo, que cada dia parece gostar mais de uma boa macarronada, avisa que o último ticket era falso, tinha saído para alguém na Rua 25 de Março, mas não era o verdadeiro e sim produzido na China, com isso reacende em mim a esperança.
No 25 de setembro, estou em minha casa, e Lucia minha mulher, lê meus e-mails, num deles o senhor Ivan Bornes me parabeniza da seguinte forma...
Olá Toscani,
Estava zanzando por ae, atrás de uma receita impossível, e me deparo com teu Blog... muito bom!
E me diverti pacas e demos muitas risadas com minha mulher lendo teu texto.
Tomei a liberdade de colocar um link do nosso blog pro teu, pra que nossa galera possa te visitar e conhecer tuas receitas subversivas de sorrentinos fritos.
Abração,
Ivan

Saí correndo de casa para agradecer o e-mail de Ivan, pessoalmente, mas um de seus Ompa Loompas me avisou que ele não podia me atender no momento, pois estava muito ocupado. Voltei pra casa e resolvi então agradecer por e-mail. Escrevi, agradeci.
A resposta chega, abro o e-mail bem devagar, só um cantinho, e vejo um pequenino ponto dourado. O senhor Macintosh , que vê minha cara de satisfação, diz para eu correr pra casa, não dar conversa, nem confiança a ninguém. Uma mulher me oferece uma bicicleta, outra R$ 200.000,00, um homem me pega pelo braço, então o senhor Macintosh me olha nos olhos e enfatisa:
– Corra para sua casa o mais rápido que puder menino.
Logo grita com as pessoas:
– Saim, saim seus abutres.
Em casa encontrei Lucia e pedi que ela me acompanhasse até a fábrica, junto com Alice minha filha. É, ao contrário de Charlie Bucket, não sou gay. 
Lá chegamos, primeiro eu e Alice, depois Lucia. Colocamos a mão na massa, comemos gnocchi, e outras massas incríveis saídas das máquinas malucas do Primo. E preparadas pela mão do Wonka número dois, Marcelo Nonohay, que encerrou a noite com um delicioso petit gateau.
Conversei muito com a senhorita Wonka, Pippi Ertel, e ela me ajudou muito dividindo o colo para a Alice.
Ivan Schiappacasse Bornes, nos servia vinhos, contava histórias e comandava o passeio pela fábrica. E também nos ofereceu um ótimo café.
Por fim, com todos presentes, inclusive a gatinha, comemos, bebemos e conversamos muito bem. Tá certo, não teve elevador de vidro, nem musicas dos ompa loompas, muito menos Wonkas nervosinhos batendo na mesa dizendo não acreditar na humanidade, como o Gene e o Jonhy. Mas o retorno para casa foi feliz, levemente embriagado e plenamente satisfeito, com a excelente companhia e jantar. Um banho na Alice, um passeio com a cachorra, um beijo na mulher e umas cervejas no novo apartamento de novos amigos encerra a noite.
Pode ser que demore pra sair um ticket wonka do primo para o amigo leitor.
No entanto a fábrica está aberta e pode ser visitada a qualquer dia na rua Fradique Coutinho esquina com a Arhtur de Azevedo, é fácil fazer uma boa comida com a ajuda dos primos.
Valei-me Nelson Rodrigues.
 
 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Primeira Receita Vegetariana do Culinária Tosca. Sopa Gaúcha.






Como aurora precursora, levanto para fazer a primeira receita vegetariana do culinária tosca, cansado e sonolento. Esqueço até a letra do hino do Rio Grande. Do farol da divindade, que estava escondido atrás das nuvens paulistanas ainda as 06:30, num céu que se mantem nublado uma hora depois. Foi o vinte de setembro, e hoje, aqui nesta cidade cinza que comemora uma guerra perdida como nós os gaúchos, comemoro meus 8 anos de São Paulo.  O precursor da liberdade, bairro japonês e berço da civilização japonesa, coisa que não tem lá no Rio Grande do Sul, lá só tem chinas e chinocas. Mostremos valor e constância, por isso chamam nós gaúchos de arrogantes, mas somos humildes brasileiros, mal interpretados pelo restante do país, apenas temos um orgulho excessivo da nossa cultura. Nesta ímpia e injusta guerra, só queremos nosso espaço, somos brasileros que fomos separados por um tratado de Todesilhas, dos catarina pra baixo era tudo espanhol e lá ficamos, colonizados pelos Padres Jesuítas. Sirvam nossas façanhas, tal qual aos feitos de Getulio Vargas, Erico Verissímo, Luiz Felipe Scolari, Humberto Gessinger. De modelo a toda terra taí a Gisele Bunchem para provar. De modelo a toda terra como Carol Trentinni, Rachel Zimmerman, Shirley Malmann, Letícia Birkheuer. Sirvam nossas façanhas, pois o que fazemos de melhor dividimos com o mundo. De modelo a toda terra, e damos muito mais, damos atores, Paulo José, José Lewgoy, Walmor Chagas. Atrizes, Glória Menezes, Leila Lopes. Cineastas como o Jorge Furtado. Cantores e cantoras, Nelson Gonçalves, Lupicínio Rodrigues, Elis Regina. E filósofos, como Paulo César Peréio. Mas não basta pra ser livre, por isso desistimos do separatismo, fomos um país, durante os 10 anos da Guerra dos Farrapos, de 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845. Mas percebemos que  ser forte, aguerrido e bravo é o que nos faz brasileiros também.  Povo que não tem virtude, mas ninguém é perfeito. Acaba por ser escravo, de uma corja, de um bando crápulas corruptos, que ficam só mamando nos fartos seios da pátria mãe gentil, como Pedro Simon (PMDB-RS) que tá lá ha tanto tempo e nada faz, ou Sérgio Moraes (PTB-RS), que não liga para a opinião pública. Isso pra citar só dois. Mas todos lembram do Emílio Garrastazu Médici.
Por isso...   
Mostremos valor e constância, diante desses politicos podres. Nesta ímpia e injusta guerra, vamos nos defender votando certo ou anulando o voto, a escolha é sua, quem sabe até pegando em armas, para cortar o mal pela raíz, como foi no 20 de setembro e acabar com a impunidade e as injustiças do Império, que continua com os mesmos barões.  
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra  
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas  
De modelo a toda terra.
Assistam agora ao video modo de preparo realizado na manhã de hoje, pela Vergonha Alheia Própria Produções. Um vídeo muito instrutivo, com uma receita extremamente nutriva e livre de carnes, para você meu amigo vegetariano que acompanha o blog, para você meu amigo gaúcho que se orgulha de tudo de muito bom que vem do nosso amado Rio Grande do Sul, como o eterno cigano Igor, personagem que ganhou vida graças ao talento de Ricardo Machi.   

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Le Enroladinho!!















Enroladinho de presunto e queijo é o que?

Pode ser larica, se você chega altas horas da madrugada, cercando o frango como me definiu um taxista, isto é, fora de um estado normal de consciência, enebriado por uma alegria inconsequente que só a imaturidade e o rock and roll proporcionam, e o samba no caso do Zeca Pagodinho. Usando ingredientes não tão tradicionais como:

• uma fatia de queijo,
• uma fatia de presunto
• três unidades de pastelina. (Pode ser pingo d'ouro, ruffles, doritos, torcida, sticky's ou palitinhos)
• requeijão a gosto.

Mas pode ser também uma iguaria culinária extraordinária se combinada com outros ingredientes, ou especiárias mais usuais. Além de um pouco de paciência e fogão. 
Para tranformar uma tradiocinal larica como enroladinho de presunto e queijo em um cardápio sofisticado da cozinha moderna e atual, é simples, basta ter em casa ou comprar:

• uma fatia pão sírio.
• uma fatia de presunto.
• uma fatia de queijo.
• um tomate cereja grande, cortado em fatias.
• um galho pequeno de manjericão fresco que nem o Giane.
• queijo parmesão ralado.
• requeijão a gosto.

Nesse caso, ou com essa quantidade de ingredientes, é bom que o cozinheiro esteja sóbrio, ou levemente alcolizado, pois cozinheiros precisam ser meio tontos, um pouco retardados, com o telencéfalo não muito desenvolvido, falo claro, não dos grandes chefs, mas dos apresentadores de programas culinários, como Edu Guedes, como Daniel Bork, como eu, quem sabe como você e como o Serra também, que come todo mundo.
Bueno, o modo de preparo foi gravado pela nossa grande parceira a Vergonha Alheia Própria Produções e eu diante das câmeras encontrei a monotonia, não tenho mais desafios, estou apto, ela não me assusta mais. Já sei atuar com as sobrancelhas como Mariana Ximenes, pender a cabeça de forma interpretativa, ora interrogativa ou agitando ela freneticamente como muito bem faz Cauã, sei mudar minha voz e tenho o talento de fazer vários sotaques parecerem o mesmo, tal qual Aracy e Tony, passo do grego ao italiano, em segundos, do armênio ao italiano também, num piscar de olhos dramáticos, do jeitinho da Regina Duarte.
Sim agradeço a instituição EAD M, D, X & R (Escola de Artes Dramáticas Marmo, Dolabella, Ximenes & Reymond) e a Escola Duarte's Dramáticas, onde já passei pelos seus vários cursos profissionalizantes na carreira de ator, por vários níveis, o Paloma Duarte, o Gabriela Duarte, o Débora Duarte, o Regina Duarte, e agora que me falta só último, a faixa preta da atuação, o nível Lima Duarte, estou entediado.
Preciso mudar, fazer algo diferente, mas enquanto isso não acontece, veja esse filme, aprenda a fazer um enroladinho, melhor que o do Marcelo Anthony, que é do bom.