quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Apresentando a série..."As diferenças entre Larica e Culinária", prato do dia: Tos Kani


















Segunda 6 de setembro de 2010, estou em São Paulo, sentando no meu apartamento, com a boca cheia de dentes, mas no caso, não esperarando a morte chegar, mas morto na frente da televisão. Vejo CQC, e me dou por conta do tempo perdido. Não pelo programa que acho bem legal, mas por ter recebido a notícia que Palmirinha está fora do ar.
Porque no Rio Grande do Sul não tinha Gazeta?
Porque não chegava lá em casa esse belo programa de culinária?
Tive a chance de ver quando mudei para São Paulo, no entanto, neguei esse canal, dizendo sentir saudades da RBS. Ah! A burrice da juventude! RBS?
Onde estava minha cabeça quando eu tinha 23 anos?
Perdi bem mais que a Diva do forno e fogão.
Perdi de acompanhar todos dias a inspiração culinária de Palmirinha e também os conselhos de Guinho.
De repente, durante o programa pensando no vazio que eu sentia, pela negligência ao programa de Palmira Nery da Silva Onofre, senti além do vazio, muita fome.
Me dirigi até a cozinha.
Na pia os kanis, descongelavam.
Abro a geladeira, retiro o requeijão em pote de vidro, aviação.
Fecho a geladeira e encontro ao lado do liquidificador, perto do bar, o sal, a pimenta, azeite, vinagre e um vidro de molho shoyu. Escolho ele.
Junto aos doces e outras laricas, que guardo em um cesto no armário da cozinha, encontro um pacote de alga marinha tostada e temperada para aperitivos. Alga ou algo que comemos na casa de Patricia Oyama, jovem, japonesa, jornalista, que nos deu a excelente dica da compra.
Então, coloco na minha frente o pacote de algas, o shoyu, requeijão e o kani. Começo comendo de maneira descordenada, sem saber o que vai com o que, quem combina com quem. Larica.
A minha definição de larica é comer só para acabar com a fome, o que eu acho muito nobre e respeitoso, sem muita preocupação com o paladar,  muito menos com a elaboração de um prato, ideia ou criação. Comer e só.
Mas nesse 6 de setembro eu laricando em frente a TV, tive uma luz gourmet, e de maneira ordenada, ensaiada.
Como se fosse algo que já estivesse ha muito tempo na minha cabeça, eu de maneira ritmada, pego uma alga, pincelo ela com requeijão, não um qualquer, mas um Aviação, o Karandash dos laticínios, e no tempo que eu pincelava a alga, num potinho com shoyu descansava uma fina camada kani, que coloquei num berço esplêndido de alga e requeijão levei até a boca onde a crocância da alga,  se encontrou com a cremosidade do requeijão, o suculento shoyu, o tenro Kani e a ácida saliva, da boca cheia de dentes e  nesse momento deixa de ser uma cena bonita. Mas se transforma num momento saborosíssimo.
Faço para minha mulher, ela come e sorri. O sorriso de Lucia é sincero, verdadeiro e quando é de prazer se torna-se maravilhoso.
Vou para cozinha.
Está mais do que na hora de tirar a poeira e as teias de aranha que toman conta do blog. Então gravo o primeiro episódio da série:
"As diferenças entre Larica e Culinária."
Saí errado, desisto. Acho que não vale a pena, afinal é só uma alga, com requeijão e Kani com shoyu.
Mas minha mulher diz:
– Vai lá grava, faz tanto tempo que tu não sobe um post...
Volto na cozinha e resolvo fazer direito.
Fazer certo, com vontade e dedicação.
Como faz o Cauã Reymond interpretando um retardado, ou a Gabriela Duarte dando vida a uma personagem sem expressão, ou mesmo o Gianechinni interpretando um homosexual.
Luz, câmera, ação! Video modo de preparo Culinária Tosca. Gravando!




segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dono de casa eu??


















Pois é!
Tão dizendo isso por aí.
Começou com a jornalista Lia Bock do maravilhoso e recomendável, Eu lia tu lias, um blog muito legal  da revista TPM.
Depois a jornalista Manuela Macagnan do site do bebê, da editora abril reafirmou isso, numa bela matéria do portal.
Falando em internet, no canal All TV, televisão na web, veículo esse da mulher que mais viu filmes na história da televisão, isso mesmo, a filha do Silvio Santos. Uma funcionária da filha do patrão outra jornalista, chamada Vanessa Caubianco, mãe, publicitária, e ainda blogueira,  vai me entrevistar amanhã, no seu programa, chamado Lá em Casa, na All TV.
Olha aí Geyse, teu rosa tá ficando bege, tô quase mais famoso que tu!
No entanto ela também está me chamando de dono de casa...
Mas pelo que eu entendo, dono não é aquele que manda?
Nesse caso essas matérias estão me difamando, são mentirosas e caluniadoras, pois aqui em casa eu não mando nada.
Mas vamos lá, All TV, programa Lá em Casa, 16 horas.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sanduba Imaturo da Madrugada.












A cada terça-feira relembro o maravilhoso gosto da imaturidade.
Tenho hoje 30 anos e obrigações que essa idade demanda. Sou pai, sou um trabalhador autônomo, sou um marido fiel e leal e recentemente virei o segundo guitarrista de uma banda espetácular, arrojada, transgressora e com a maior tag do twitter, chamada Heleninha Roitman and the Punk Tosko Full Glass Band Project.
Essa banda contém 5 integrantes. Renato Moikano, o maestro, a referência, o cara que arruma a casa; Katiane Romero, a voz, aquela que desarruma a casa, a encarnação viva e não meramente uma obra de ficção de Heleninha Roitman; Camis Fank, uma negra albina baixista de groove e balanço com Fank no nome; André Schröder, o homem das baquetas voadoras, baterista de corpo e alma, a bem da verdade filho do baterista da Corpo e Alma, na fase mais psicodélica do conjunto e eu Ricardo Toscani, tosco por natureza, o segundo guitarrista, uma espécie de Dennis Carvalho da banda, sem o mínimo talento, mas perseverante, inventivo, como Dennis que inventou que é diretor e que a Débora Evelyn é atriz.
Toda terça essa turma muito louca que apronta poucas e boas, além de muita confusão na seção da tarde, se reune a noite para voltar no tempo, rejuvenscer, entrar dentro de latas, garrafas, de álcool, para saudar Heleninha e fazer o rock, on the rocks, descer macio e reanimar.
Ofereço a esses amigos um sanduba pra lá de especial em agradecimento a toda alegria que me proporcionam nas noites de terça, sendo meus analistas, psicólogos tão ou mais eficientes que os taxistas.
O gosto da imaturidade é doce as vezes, salgado em outras, no entanto é saboroso sempre.

Então vamos ao saborosíssimo Sanduba Imaturo da Madrugada.

Ingredientes.

• 1 pão cacetinho.
• 4 fatias de queijo prato.
• 4 fatias finas de copa.
• Requeijão (numa face)
• Manteiga ( na outra face, como no filme do Nicolas Cage e do Travolta)

O modo de preaparo como sempre está no vídeo produzido pela Vergonha Alheia Própria Produções, um filme incrível, com camêra ousada, atuação contundente, feito na madrugada, depois de umas boas doses de imaturidade. No mais, só mais um lembrete, na verdade é um pedido:
Dj, toca um mambo caliente. 


sexta-feira, 25 de junho de 2010

BLACK OR WHITE!






















Hoje eu e mais um número correspondente a zilhões de veículos de mídia farão uma homenagem ao garoto negro, que ficou branco e hoje um ano depois, é cinza.
Sim tudo começou no dia 25 de junho do ano passado quando minha mulher se encaminhava para o fim de nossa gravidez e pensava o que de extraordinário aconteceria no ano do nascimento de Alice?
O que marcaria no álbum do bebê como acontecimento do ano?
Quem o anjo da morte rondava? Hebe, Silvio Santos, não, Deus não seria assim tão previsível, Pedro Bial...Não, Deus não seria assim tão genreroso.
Pois é todos sabemos que Deus não fez caligrafia suficiente e por isso escreve torto.
De repente ele pede para o corvo entrar em Neverland, falar com Michael e na calada da noite dizer:
– Never more...
Há quem acredite que o confuso garoto, que tinha um rato chamado Ben como melhor amigo, e era o pilar principal dos Jackson's e por isso o que mais apanhava, agora está em algum lugar, sossegado, contanto o dinheiro da turnê This Is It, dos discos que voltaram a vender e esperando um filme sobre sua vida que renderá muitos outros milhões e terá no papel principal Helena Bonhan Carter usando a mesma maquiagem do filme Planeta dos Macacos de Tim Burton.
Mas deixando de lado as teorias, vamos encarar os fatos, o cara morreu.
Virou história, marcou na linha do tempo da música e mexeu com muita gente, como o Macaulay Culkin e nos seus muitos sobrinhos de final de semana...
Enfim, como não homenagear esse homem que tocou fundo em você?
Tocou nada!! Senão você poderia ter ficado bem rico e processando o Peter Pan bicolor.

No entanto o Culinária Tosca não fica atrás, muito menos na frente - mantém a distância correta - e presta uma homenagem muito especial ao maior astro do pop com uma receita maravilhosa de brigadeiro, conhecido nos pampas como negrinho e a sua versão sem chocolate, o branquinho.
Aqui apresento a versão básica dos doces, mas acrescento o ingrediente preferido de Michael, o Garoto, branco e negro, falo aqui do chocolate.

Vamos aos ingredientes:

Negrinho:

• 1 lata de leite condensado.
• 3 a 4 colheres de sopa de chocolate em pó.
• 1 colher de sopa de manteiga

Branquinho

• 1 lata de leite condensado.
• 1/2 gema de ovo.
• 1 colher de sopa de manteiga

Agora assita o vídeo modo de preaparo oferecido pela Vergonha Alheia Própria Produções, um vídeo tão espetácular quanto a carreira musical da Latoya Jackson.



 Assim como Jacko nosso doce apresenta dualidade, não sabemos se é negro por dentro e branco por fora, ou negro na essência e branco por capricho.















Michael, mas tu mesmo já nos disse um dia...
"It don't matter if you're black or white"

sábado, 19 de junho de 2010

FIGURINHAS DA COPA!


















Vamos continuar falando de copa, até porque falo dela desde 2006, pois a África nunca ficou tão perto graças ao filósofo Vanucci.
Sou um apaixonado por futebol, torço muito pelo Sport Club Internacional, mas é na copa do mundo que me divirto. Escolho além do Brasil, outras equipes que me emocionam, até porque faz tempo que as equipes da CBF não me agradam, mas sou brasileiro, não desisto nunca. Minha relação com a copa, começa em 1986, ano que frequento a primeira série. Nesta época morava numa cidadezinha de colonização italiana, chamada Dona Francisca, a cidade toda torcia para seleção brasileira, mas se a canarinho caíssse, tinha a azurra como opção da maioria e a Alemanha, para outros. Mas isso só em copa do mundo, no intervalo de quatro anos brasileiros eram só os que moravam na COHAB ou no morro...os nigri, como diziam os senhores mais antigos e jurássicos da pacata e preconceituosa Dona Chica. Lá nessa cidade vivi minha primeira decepção na verdade duas, depois de gastar toda mesada em chicletes ping-pong, quase deslocar o maxilar, sem ainda nem saber o que era maxilar, passar horas na cadeira do dentista e ter como resultado um álbum incompleto de figurinhas, que cheiravam a hortelã e tutti fruti,  o mais curel é que não pude mais ver as vinhetas do Araquem o gooool man, atropeladas pela França numa decisão por pênaltis. Minha refeição de copa foi um típico churrasco gaúcho na cidade de Faxinal do Soturno, também de colonização italiana, voltamos todos tristes para casa, meu pai e minha mãe, muito desapontados e meu irmão que estava de aniversário neste dia, sofre um trauma menor pois ganha um presente quando entramos em casa.
Chega 1990, e agora mais outras duas decepções, a Elma Chips lança um álbum de figurinhas, um mapa mundi de plástico com graciosos personagens de cada país em figuras autocolantes, como se as figuras saísem do pacote e corressem para o álbum e automaticamente colassem sozinhas. Esse álbum tinha a misteriosa figura da Itália, sede da copa, com um simpático casalsinho dançando tarantella que dava direito a um mini-buggy, aliás qualquer coisa nos anos 80 e 90 davam mini-buggys, exceto para mim e para todos meus amigos, pois todos quase completamos o álbum, só faltava a Itália. As figurinhas vinham em embalagens prata, que descobrimos que era só esfregar na calça jeans que saia a tinta prata e a gente descobria qual era a figura sem tirar do pacote, como se desse pra devolve-las. Depois de muito estragar o estômago e passar um mês fedendo a Cheetos, que tem cheiro de peido, será por isso que se chama Cheetos?
Caímos numa oitava de final para Argentina.
Agora me restavam duas equipes, Romênia e Camarões, que foram caindo no meio da copa.
Também bebi muitas pepsi's para conseguir completar a coleção de copos com a equipe de Lazaronni que serviu meu leite com nescau até a copa seguinte. Essa termina com a Alemanhã campeã. Lembro também de muita pipoca, pinhão, e o que não gostaria de lembrar, pinhão com gemada...
O ano agora é 94, começo a tomar cerveja e com isso entender mais de futebol, começo a fumar também, o interesse pela gurias aumenta muito, mas o delas é inversamente proporcinal. Passo a ter uma vida social, colegas chamando para ver o jogo na casa deles, festinhas como meninas, mas elas não dão muita bola, a coleção que faço nessa copa é de gurias que me desprezam. O Brasil é campeão, assito a final em Porto Alegre, foi sem graça, por pênaltis.
Em 1998 as gurias continuam me dando fora, menos um pouco, parei de fumar, 4 meses antes da copa, voltei no primeiro jogo. Nesse ano já convivia com uns grandes amigos que conheci em 1995, e são umas das figuras mais legais da minha vida. E a copa foi assim, fumando, tomando cerveja, jogando super-nintendo, fumando, comendo amendoin, salgadinhos Elma Chips, churrascos. Semi-final, holanda, pênaltis, e festa na avenida Presidente Vargas, endereço das comemorações santamarienses. E todo mundo feliz com suas cervejas e cigarros dizendo já ganhou. França campeã. De novo a França.
No ano de 2002, copa no Japão e na Coréia, nada supera o fato de poder beber as 8:00 da manhã. Nessa copa já tinha uma namorada, ela estava em São Paulo, trabalhando, eu no meu último ano de faculdade. Minha turma inventou as sextas-gordas, dia da semana que escolhiamos um tubérculo, ou raiz ou massa, fritávamos e comiámos até explodir. A final foi em grande estilo, numa cidade de colonização alemã, Agudo, assistimos o jogo Brasil e Alemanha, era inverno e eu prometi que me atiraria na pisicina se o Brasil fosse campeão, chovia, era de manhã, frio e eu já achava muito boa idéia a Alemanha ser campeã. Depois de muitos pastéis, risólis e outras frituras chega a hora de gritar é campeão e pular na pisicina. Foi bom, sem gripe, pude tomar mais uns tragos e me esquentar de novo.
Em 2006, moro em São Paulo, grandes amigos criam um brinquedo revolucionário, o bobueno, com o intuito de aliviar todas tensões da copa. É o ano do quadrado mágico, mas como toda mágica é ilusão, deu França de novo, mas ela perde na final para Itália do Zambrota.
Amendoin japonês, salgadinhos torcida e a África é logo ali, são as coisas que mais me lembro da copa disputada na Alemanha.
Agora o ano é 2010, tenho uma filha, continuo com a mesma mulher da copa de 2002, temos uma cachorra que está com a gente desde 2001, e um blog de culinária, e não tenho medo de usa-lo (frase de um dos criadores do brinquedo revolucionário, e conselheiro do blog).
Então é com esse poder que tenho, chamado Culinária Tosca, que apresento um quitute extraordinário, que me deixará livre dos salgadinhos Elma Chips e Torcida para sempre. Um produto canarinho, um produto de raíz, a mandioca. Mandioca essa que deveria estar na boca e no brioco de Galvão Bueno e na ponta de cada vuvuzela, silenciando os dois barulhos mais insuportáveis dessa copa.

Vamos aos Ingredientes:

• mandiocas, cruas e bem lavadas.
• um bom ralador, ou uma faca bem afiada.
• óleo para fritar.
• sal a gosto.

Assista ao vídeo modo de preaparo, da vergonha alheia própria produções, um vídeo que ensima muito mais do que cozinhar, ensina a aceitar o seu verdadeiro eu, por isso para de se enganar e sai do armário Gianecchini.

















A sugestão de consumo das mandiocas-chips é um bom bife de contra-filé cortado em tiras.















Prato que deu errado:

Batatas ao forno.

Ainda tenho que descobrir a maior falha, mas não é só ralar a batata e colocar no forno, é mais complexo. Não ficou ruim, mas não ficou como eu esperava, como eu queria.
Mas sigo tentando, até encontar a solução.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

SERÁ QUE DÁ SANDUBA?

















Cara amiga Unilever, agradeço muito o presente que vocês me mandaram, achei a hellmans deleite, um deleite, eis que após realizar duas receitas com essa nova maionese, entendi o seu nome.
Correu tudo muito bem, tanto no almoço, na receita da dona Tina, que rebatizei de frango deleite, quanto na sobra dele, onde fiz o sanduba, e respondendo sua pergunta.
Sim, dá sanduba. E fica bem bom.
No entanto não fica bom, nem bem, encher o mundo de embalagens de plástico, que inclusive mascaram o verdadeiro sabor de seu produto, no caso, a verdadeira maionese.
Será que dá pra ser mais ecológico?
Será que dá pra voltar a ter um mundo com mais sabor?
Lembro da Coca-cola de domingo, 1 litro apenas, em embalagem de vidro, servida gelada no almoço, para fazer descer o churrasco, 1 copo pra cada um, em casa éramos seis, mas sempre sobrava um restinho que ia pra geladeira com uma colher de chá no bico, para evitar a saída do gás. Esse resto, preto e gelado e possívelmente sem gás, era o motivo de muitas batalhas dentro de um doce lar, o irmão que não praticasse a fraternidade, e sorrateiramente abrisse a geladeira, retirasse a coca cola, a colher do bico da garrafa, e servisse num cristal cica, sem a mínima preocupação com os de mesmo sangue, mereceria ter o seu derramado, na porta da geladeira iluminada pela triste luz do entardecer de um domingo gaúcho.
Mas prefiro lembrar de coisas mais felizes, como o pote de vidro da maionese hellman's, na mesa do lanche da tarde, com pão quentinho na mesa. Abre-se o pão, manteiga numa face quente, come enquanto a outra esfria, vidro de maionese quase vazio ao lado, termino o pão com manteiga, tomo o vidro nas mãos e enfio, gentilmente, a outra face de pão, faço ela percorrer todos os cantos do vidro, envernizando o meu pão, ele sai do vidro amarelo e brilhate, e enfio na boca de maneira nada gentil, sou um glutão em fase de crescimento.
Onde está minha infância querida que as empresas não trazem mais?!
Elas perderam o prazer do tato numa embalagem e a idéia do reuso, mas eu não.
Quantas compotas de doces comi...
Ambrosia, doce de leite, doce de abóbora, figadas, (aqui eu minto um pouco, quando criança não gostava muito de figada), mas tem gente que gosta, e lembra de quando abria o seu doce predileto, com açúcar, com afeto, num vidro com tampa laranja escrito hellman's bem aproveitado por aquela tia do interior.
Isso existe pouco hoje em dia, e se continuarem produzindo assim em plástico we're all going to hellman's.
Desculpem, acho que saí um pouco do ar, voltei no tempo mesmo. Acontece que essas minhas lembranças estão completas, elas tem cheiro, cores, sabores, e ainda hoje escuto os xingamentos que ouvi por não ter dividido o restinho da coca-cola de domingo. E tato não faltava, não só pelas embalagens de vidro que tocava, mas pelos cascudos que tomei, os pontapés que dei, o vento na cara pelas velocidades que alcancei...
Pois é, que histórias temos por trás de uma coca-cola pet de 3 litros?
Hoje não se chora mais escorregando na parede, com as mãos tapando o rosto, gritando não, mil vezes nãoooooooo, pelo vidro de maionese que caiu no chão, ele no plástico é imortal, a natureza que o diga.
Choremos pelo plástico derramado!
Será que dá sanduba me perguntam.
Será que dá pra fazer um mundo com bem menos plástico?
Será que dá pra ser de vidro?
Será que dá pra ser um pouco menos egoista?
Será que dá pro elenco da Globo fazer mais cursos de atores?
Será que dá pra Record fazer um programa original?
Será que dá pra chegar num lugar pior do que um ator numa novela do SBT?  Ou cantor? Força aí Tony Garrido.
Será que dá pra passar os ingredientes?

Ingredientes:

SANDUBA, TACO DELEITE.
• pão sírio.
• frango deleite (no caso foi sobra do almoço).
• queijo
• rodelas finas de tomate. 
alface americana.
• uns dois fios de azeite.
• hellman's deleite.
• manteiga.

SANDUBA, CACETINHO DELEITE.
• pão cacetinho ou francês (daí nesse caso pode chamar francês deleite).
• frango deleite (no caso foi sobra do almoço).
• queijo.
• rúcula.
• hellman's deleite.
• um pouco de manteiga, todo pão merece manteiga.

Será que dá pra mostrar o modo de preparo sem fazer piadinhas com as limitações cênicas do elenco da globo, record...sbt...
Vem aí o vídeo modo de preparo da decadente Vergonha Alheia Própria Produções, pior que falar mal da A Vida Alheia, não estou falando da série, mas se serviu o chapéu...

Modo de Preparo:

 


segunda-feira, 12 de abril de 2010

ANUNCIE AQUI!



















Amigo empresário este post é pra ti.
Estou aqui para lhe alertar algo muito importante e dizer, que estão te enganando.
Só estão contigo pelo dinheiro, não te amam, pouco te querem, querem apenas o que tu dá, não te dão que o precisa, não te fazem cafuné, não te falam doçuras, muito menos cantam pra ti dormir.
Mas eu estou aqui, pelo menos duas vezes por mês, trazendo alegria, me jogando na frente de um trem carregado de vergonha alheia própria, pra lhe fazer brotar o riso, e te dar o que comer. Eu te dou pão e circo. Tudo o que o povo sempre quis desde os tempos mais remotos, onde a camisinha sempre foi um bom programa.
Mas o que Luciano Huck já te deu em troca? E a Angélica, ela nunca ofereceu seu sexo saudável banhado com Dermacyd, ela prefere dar pro Huck, nem a Giovanna Antonelli, outra mulher Dermacyd, ela fica correndo atrás do Zé Mayer, como vemos toda noite depois do Jornal Nacional, a Grazi Massafera a nova musa da higiene íntima prefere o Cauã, esse Cauã. E o que dizer da Claudia Leite? Ela só quer o teu dinheiro, não quer mais nada de ti, ela quer mais é beijar na boca e ser feliz, mas com a tua grana.
Por isso empresas façam como a Unilever, que me mandou um pote de maionese Hellmans Deleite oferecendo seu produto para um teste do Culinária Tosca, dando a cara a tapa. Me perguntando será que dá sanduba?
Saberemos.
Mas antes vou ver se dá muito mais que isso.
Será que dá almoço?
Isso mesmo, eu mostro no blog com oferecimento da dona Tina, mãe do meu caro amigo, Fábio Dias, sogra da querida Camila Dallavechia, quem cozinhou esse prato na primeira vez que comi. Camila cozinhou mas Fábio Dias ligou para sua mãe e transcreveu a receita que coloco no blog, do jeitinho que chegou no e-mail para mim.

Ingredientes:

toscani,
segue a receita:

receita da Tina, mãe do fábio
 

ingredientes:
- frango (coxas e sobrecoxas, o que achar melhor, tem gente que gosta mais de sobrecoxa) na quantidade que encha uma forma (assadeira)
- 1 pacote sopa de cebola (ou creme de cebola)
- sal (pra deixar salgadinho o creme de cebola), ela falou que pode usar um pouco de tempero arisco... mas acho desnecessário, a arisco nem te deu nada!!!
- maionese helmans comum (sem os temperos que algumas versões tem)

preparo

- misture um pouco de sal no creme de cebola, pra deixar mais salgadinho
- com as mão esfregue o creme de cebola nos pedaços de frango como se estivesse salgando-os.
- coloque os frangos temperados na assadeira, bem encostados um no outro de modo que preencham todo o fundo da assadeira.
- com uma colher, cubra os frangos de maionese. Pode bezuntar sem dó. Pode ser generoso e cobrir mesmo. Colesterol é para os fracos! Preencha bem os espaços entre os frangos (por isso que eles tem que ficar bem próximos, pra não ter muito espaços cheios de maionese...)

asse...

toscani,
faltou o tempo de forno. quer que eu ligue pra ela e tire essa dúvida e mais alguma que tu tiver? ou tu usa o teu feeling?


sirva com alguma salada e um arroz branco sem muita frescura...

abraço


Acompanhem o vídeo modo de preparo.
Mais uma excelente película, digital, da Vergonha Alheia Própria Produções.