sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Estou ficando fresco

















Tô ficando fresco.
O que acontece ao certo eu não sei.
Alguma coisa dentro de mim.
Eu abri a geladeira e vi alho poró.
Fui no mercado. Isso é cotidiano.
Por mais estranho que pareça, comprei tofu, isso sim é estranho.
No entanto, defumado.

No caminho gelado do mercado passei pelos iogurtes e massas frescas,
me encantei pelas folhadas.
Já em casa pico a cebola, alho de matar vampiro e também do poró.
Choro, não só pela cebola, também arde o poró, ô dó.

Ligo o fogo, jogo açúcar no fundo de uma panela de ferro.
A ferro e fogo, jogo a cebola no óleo açucarado.
Doura, está bela, jogo a manteiga, vira fera.
Refogo agora o normal e o poró.

O tofu é picado, em cubinhos.
Já misturado, o recheio está pronto.
Tem pouco sal,  jogo na mão, da mão pra panela
chega ao final, agora está pronto, sensacional.

Esfria, já é noite.
Abro a massa na forma, o forno tá quente.
São 180º, uma guinada na vida, não tem carne afinal...

Unta e põe o recheio.
Rala um queijo, joga no meio.
A rima é óbvia.
Põe a massa de cima, pincela ela com ovo,
como ela queria.

Agora é forno quente.
O tempo é o cheiro.
Ou 22 minutos pra quem tá faminto.
Chato falar de ovo e não rimar com pinto.


Viram!
Estou fresco, dando receita de massa comprada na forma de poesia.
Mas o que sinto é o que está dentro de mim!
É o recheio!
E esse meus amigos vejam só que final feliz.
Eu mesmo que fiz.

A poesia ruim é a forma mais primitiva de vergonha alheia.

Ingredientes.

• 1 pacote de massa folhada para pastel de forno, vem duas, uma é a base, a outra o topo.
• 2 alhos porós
• 1 cebola
• 3 dentes de alho
• 1/2 tofu defumado












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