segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pimentões, um caso de amor.


















Tenho um carinho enorme por pimentões.
São coloridos, com curvas sinuosas, cheias de pecados, uma bela anatomia.
Pimentões ilustram um capítulo muito bonito da minha história.
Perdi minha virgindade com pimentões.
Lembro da minha juventude, o eterno patinho feio. As garotas da escola só queriam garotos mais velhos, as locadoras não aceitavam os 18 anos que eu dizia que tinha. Nas bancas de revistas o mesmo drama. Nenhuma namorada. Até aparecer o pimentão.

Sim, parece homosexual, e há quem use do lado invertido, e é essa diversidade que faz o pimentão um legume tão colorido.
Mas meu caso era diferente.
Olhava e via uma dama, uma leguminosa, uma professora, uma policial, uma dona de pensão que aceitava não só dinheiro como pagamento do aluguel.
Com a cara da Julianne Moore.
Ás vezes vestia verde, noutras amarelo, em outras noites, bem ousada e apaixonada estava toda de vermelho.
Eu a despia com uma faca, com todo carinho, sem nenhuma violência, doce e paciente. Abria um pequeno orifício, retirava as sementes com a mão num tom de prelimirares e antes de eu introduzir meu membro e você achar que sou um doente, vou contar a verdade sobre o pimentão.
Era um sábado, primeiro dia de carnaval, fui sozinho para o baile, lá encontrei uma amiga, uma vizinha posso dizer, visto que morava mais na casa dos meus amigos do que na minha própria.
A guria a cada frase da conversa reclamava do pimentão que comeu no almoço.
Na décima frase parecida, eu, um jovem sedutor de 17 anos, ganho a garota fazendo uma releitura da propaganda do Laka, numa onda rural feirante...

– Ah é!? Eu gosto de pimentão...deixa eu provar...

Assim de forma cretina, tosca mas bem inocente, perco minha virgindade com a menina que abriu suas portas da esperança para mim.
Não da maneira doentia que todos, sem exceção, pensam quando simplesmente digo que perdi minha virgindade com um pimentão.

Enfim, fiquem com essa inocente, singela e maravilhosa receita de pimentões ao forno que aprendi com minha cunhada Jeanine e meu concunhado Giovani.
Este é mais um filme da Vergonha Alheia Própria Produções em parceria com a Orgulho Total e Intrasponível Filmes.

Obrigado e bom filme!






Um comentário:

  1. ai, que dó, não tem arroz, pai!!!

    muito, muito, muito querida!

    amada da tia pleta!

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